Pesquisadores analisam as condições de trabalho no Brasil e no mundo
Há exatos 127 anos, em 1º de maio de 1886, trabalhadores
americanos da cidade de Chicago organizavam uma greve geral contra as
condições desumanas de trabalho. Mas o conflito com a polícia durante
quatro dias deixou dezenas de mortos e feridos. A data passou a ser
considerada um marco da luta de trabalhadores e foi adotada em todo o
mundo como o Dia do Trabalho. Vários títulos da EdUFSCar abordam
justamente as condições de trabalho no Brasil e no mundo.
Inspirado nos últimos seminários de Michel Foucault, da década de
setenta, e nas teorias de Gilles Deleuze e Félix Guattari, o filósofo
italiano Maurizio Lazzarato busca em O governo das desigualdades: crítica da insegurança neoliberal
(93 páginas, R$ 25,00) acompanhar os novos mecanismos de poder vigentes
no contexto neoliberal. Mas não o faz apenas teoricamente. Parte da
luta concreta dos trabalhadores intermitentes no setor de espetáculos,
que até então gozavam de proteção social condizente com o caráter
descontínuo de sua atividade. A partir do estudo dessa categoria
aparentemente secundária, revela uma tendência crescente do próprio
trabalho no capitalismo atual: a não distinção entre tempo de trabalho e
tempo de lazer, a alternância entre trabalho e não trabalho, a
precarização do emprego, o lugar da invenção e da criatividade, dentre
outros aspectos.
Em Operários sem patrão (171 páginas, R$ 21,25), a socióloga Lorena Holzmann relata a transferência de comando de uma empresa capitalista para o cooperativismo. O objeto de estudo é a indústria Wallig, do Rio Grande do Sul, que vivenciou um declínio nos anos de 1981 a 1983. Para evitar o fechamento, os trabalhadores formaram duas cooperativas, uma de fundição e outra de mecânica, e alugaram as instalações da massa falida para prosseguir as operações da antiga empresa. A apresentação do livro foi escrita por Paul Singer.
Organizada por José Roberto Novares e Francisco Alves, a obra Migrantes: trabalho e trabalhadores no Complexo Agroindustrial canavieiro (314 páginas, R$ 35,00) traz uma pluralidade de abordagens sem a pretensão de apresentar um esquema explicativo único e fechado. Este livro tem uma unidade: o entendimento de que o trabalho e o debate acerca de suas condições atuais e perspectivas futuras continuam tendo centralidade para a compreensão de toda a dinâmica social neste século que se inicia.
Já Velhos trabalhos, novos dias: modos atuais de inserções de antigas atividades laboriais (402 páginas, R$ 30,00), organizado por Izabel Cristina Ferreira Borsoi e Rosemeire Aparecida Sopinho, aborda o Brasil pelo trabalho a partir dos contrates e diversidades presentes no cotidiano dos trabalhadores brasileiros. Potencializados através de pesquisadores com as mais diversas formações e seus comprometimentos com suas realidades locais e regionais, esta obra também traz em seus capítulos as formas de assalariamento e a construção de relações autogestionárias, que também fazem o leitor pensar sobre as possibilidades e os limites de levarmos em conta, efetivamente, as pessoas no trabalho.
Publicada originalmente na Finlândia, Índice de capacidade para o trabalho (59 páginas, R$ 16,00), de autoria de Kaija Toumi, Juhani Ilmarinen, Antii Jahkola, Lea Katajarinne e Arto Tulkko, se configura como um instrumento utilizado em Serviços de Saúde Ocupacional e áreas afins. Pode ser utilizado, junto com exames clínicos de saúde, como um dos métodos de avaliação do próprio trabalhador ou trabalhadora sobre sua capacidade para o trabalho. Podendo ser aplicado desde o ingresso na força de trabalho, o ICT tem prognosticado, de forma confiável, mudanças na capacidade para o trabalho em diferentes grupos ocupacionais. Mostrou-se significativo para o Brasil em razão do acelerado envelhecimento da população e das consequências negativas observadas tanto na inserção quanto na manutenção e nas condições de saúde dos brasileiros com mais de 30 anos.
Em Operários sem patrão (171 páginas, R$ 21,25), a socióloga Lorena Holzmann relata a transferência de comando de uma empresa capitalista para o cooperativismo. O objeto de estudo é a indústria Wallig, do Rio Grande do Sul, que vivenciou um declínio nos anos de 1981 a 1983. Para evitar o fechamento, os trabalhadores formaram duas cooperativas, uma de fundição e outra de mecânica, e alugaram as instalações da massa falida para prosseguir as operações da antiga empresa. A apresentação do livro foi escrita por Paul Singer.
Organizada por José Roberto Novares e Francisco Alves, a obra Migrantes: trabalho e trabalhadores no Complexo Agroindustrial canavieiro (314 páginas, R$ 35,00) traz uma pluralidade de abordagens sem a pretensão de apresentar um esquema explicativo único e fechado. Este livro tem uma unidade: o entendimento de que o trabalho e o debate acerca de suas condições atuais e perspectivas futuras continuam tendo centralidade para a compreensão de toda a dinâmica social neste século que se inicia.
Já Velhos trabalhos, novos dias: modos atuais de inserções de antigas atividades laboriais (402 páginas, R$ 30,00), organizado por Izabel Cristina Ferreira Borsoi e Rosemeire Aparecida Sopinho, aborda o Brasil pelo trabalho a partir dos contrates e diversidades presentes no cotidiano dos trabalhadores brasileiros. Potencializados através de pesquisadores com as mais diversas formações e seus comprometimentos com suas realidades locais e regionais, esta obra também traz em seus capítulos as formas de assalariamento e a construção de relações autogestionárias, que também fazem o leitor pensar sobre as possibilidades e os limites de levarmos em conta, efetivamente, as pessoas no trabalho.
Publicada originalmente na Finlândia, Índice de capacidade para o trabalho (59 páginas, R$ 16,00), de autoria de Kaija Toumi, Juhani Ilmarinen, Antii Jahkola, Lea Katajarinne e Arto Tulkko, se configura como um instrumento utilizado em Serviços de Saúde Ocupacional e áreas afins. Pode ser utilizado, junto com exames clínicos de saúde, como um dos métodos de avaliação do próprio trabalhador ou trabalhadora sobre sua capacidade para o trabalho. Podendo ser aplicado desde o ingresso na força de trabalho, o ICT tem prognosticado, de forma confiável, mudanças na capacidade para o trabalho em diferentes grupos ocupacionais. Mostrou-se significativo para o Brasil em razão do acelerado envelhecimento da população e das consequências negativas observadas tanto na inserção quanto na manutenção e nas condições de saúde dos brasileiros com mais de 30 anos.
Mais informações sobre os livros publicados pela EdUFSCar estão disponíveis no site www.editora.ufscar.br
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