Cristovam Buarque defende 'socialização do conhecimento'
Da Redação
Cristovam disse que o 1º de maio tem de voltar a ser um dia de luta, e não só de reivindicação por melhorias salariais. A luta hoje, afirmou, continua sendo a da socialização, mas não a socialização da propriedade da terra ou das máquinas, mas a socialização do conhecimento para fazê-las funcionar.
O senador disse esperar que os dirigentes das centrais sindicais descubram a importância da educação para aprimoramento dos trabalhadores. Ele afirmou que é preciso exigir escolas tão boas quanto as dos filhos dos patrões, para evitar que o conhecimento continue sendo transmitido de forma hereditária no Brasil, a exemplo das capitanias do passado.
– Socialismo, para mim, é escola para todos; socialismo não é o capital na mão do trabalhador, o que foi uma ilusão, porque ficou na mão do Estado – afirmou.
No passado, observou Cristovam, os escravos conseguiam fugir para liberdade, mas hoje uma criança não pode invadir uma escola para ter uma boa educação.
– Era mais fácil um escravo ficar livre do que uma criança pobre hoje ter uma boa educação. Invadir terra existe, mas invadir escola não existe – afirmou.
Cristovam observou ainda que o uso do computador exige hoje das pessoas mais formação que no passado, quando imperava o uso da máquina de escrever.
- A educação no Brasil até que vem crescendo um pouquinho, mas a brecha da necessidade [de educação] cresce mais – afirmou.
Em aparte, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) saudou o discurso de Cristovam.
Agência Senado
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