Luiz Henrique presta homenagem a Paulo Vanzolini e a Saulo Ramos
Marilia Coêlho
Sobre Paulo Vanzolini, Luiz Henrique falou de suas composições, que classificou de joias do cancioneiro popular brasileiro. Ele citou as mais conhecidas, como Ronda, Na Boca da Noite e Volta por Cima. Mas o senador também lembrou o trabalho de Vanzolini como cientista.
- Ao mesmo tempo em que se apresentava como sambista, em que se reunia com músicos e outros compositores da noite paulistana, Paulo Vanzolini articulava a criação da importantíssima Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo, a Fapesp – ressaltou.
O senador exaltou a fama internacional de Paulo Vanzolini como zoólogo e o classificou como homem universal.
- O poeta mineiro dizia: 'Há pessoas que não morrem, encantam'. Paulo Vanzolini nos encantou durante toda a sua vida – disse Luiz Henrique.
O advogado Saulo Ramos foi lembrado pelo senador como grande defensor dos direitos humanos, principalmente nos tempos da ditadura. Ele destacou o trabalho do Saulo Ramos, que foi ministro da Justiça durante o governo de José Sarney (1985-1990), na busca dos fatos relacionados à morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, nos porões do regime militar (1964-1985).
- Foi através de sua inteligência, não podendo fazer na área criminal, mas fazendo na área civil, que a nação começou a cobrar, a pedir, a exigir a verdade sobre a morte de Vladimir Herzog, que foi torturado e assassinado no silêncio da masmorra – disse o senador.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) fez um aparte para elogiar os dois homenageados por Luiz Henrique. Ela ressaltou que Vanzolini conseguiu multiplicar seus talentos, tanto no campo científico quanto na música. Quanto a Saulo Ramos, a senadora mencionou o livro de memórias O Código da Vida, publicado em 2007 pelo advogado, que fazia parte da Academia Ribeirão-pretana de Letras e foi fundador da Academia Santista de Letras.
- Encantou-me a facilidade do intelectual Saulo Ramos e sobretudo a história que ele narra no livro, que é um enredo muito interessante, prende a atenção, só que não são personagens fictícios, são personagens reais – elogiou Ana Amélia.
- O Código da Vida é aquele que revela o escritor que eu não sabia de um advogado que eu conhecia - concordou Luiz Henrique.
Agência Senado
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