Rollemberg defende regulamentação de concursos para garantir transparência e segurança jurídica
Da Redação
- Ficou muito claro para mim, após o debate, a necessidade de regulamentação do concurso público no Brasil. Nós temos que ter regras claras para dar transparência, isonomia, justiça e segurança jurídica a quem busca ingresso no serviço público – comentou Rollemberg, que deve apresentar substitutivo ao PLS 74/2010.
Fim de concurso para cadastro de reserva; definição de um parâmetro para fixação das taxas de inscrição; divulgação do edital 90 dias antes da realização das provas; aceitação de recurso pela internet e ampliação do prazo de recebimento; nomeação dos aprovados nas vagas definidas no edital são algumas das reivindicações apresentadas durante o debate da CCJ.
Inconstitucionalidade
Antes de Rollemberg ser indicado relator do PLS 74/2010, a missão
estava com o ex-senador Tião Viana (PT-AC). Ele chegou a elaborar
parecer pela rejeição do projeto, após detectar diversos aspectos
inconstitucionais. Seu principal argumento nesse sentido era a
impossibilidade de se aprovar uma lei federal definindo regras para
seleção de cargos e empregos públicos em nível estadual e municipal.
Por sua vez, Rollemberg sustenta que a
proposta é constitucional. Ao elaborar seu substitutivo, entretanto,
deverá limitar seu alcance, fixando normas gerais para regular os
concursos apenas no âmbito do poder público federal.
Emenda à Constituição
Paralelamente ao PLS 74/2010, a Associação Nacional de Defesa e Apoio
aos Concurseiros (Andacon) encaminhou a Sugestão 6/2012 à Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), que designou o
senador Gim Argello (PTB-DF) como relator.A entidade defende a aprovação de uma emenda constitucional fixando uma regulação geral para os concursos públicos, a ser seguida por todos os entes federativos. A proposta pretende alterar os artigos 24 e 37 da Constituição para estabelecer a competência concorrente da União, de estados e do Distrito Federal para legislar sobre concurso público e facultar ao Poder Legislativo a iniciativa de legislar sobre a matéria.
Defesa do Consumidor
Presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e
Fiscalização e Controle (CMA), Rollemberg também aproveitou para
informar que irá presidir a comissão especial encarregada da
modernização do Código de Defesa do Consumidor (CDC).- Quando o CDC foi aprovado, há 22 anos, não existia, por exemplo, o comércio eletrônico, que hoje movimenta R$ 37 bilhões no Brasil por ano. Esses negócios precisam de segurança jurídica – observou.
Agência Senado
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