Escolas comemoram aniversários
Foto: Mirele Pacheco/Divulgação PMPA
EPA festejou 17 anos com exposições de trabalhos e apresentação teatral
Foto: Mirele Pacheco/Divulgação PMPA
Na Restinga, apresentação teve participação de professores e estudantes
Na EPA, que acolhe 114 alunos de 15 a 30 anos em situação de vulnerabilidade social, como desabrigados, internos da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase) ou em situação de rua, estiveram presentes, além de estudantes e professores, ex- alunos, ex-diretores e representantes de entidades parceiras como a Central Única das Favelas (Cufa). No pátio coberto, onde se realizaram as ações, havia exposições de trabalhos realizados pelos estudantes nas oficinas de desenho, papel reciclado e cerâmica. (fotos)
As festividades tiveram início com a apresentação de peça teatral pelo Grupo Das Flor, que ministra oficinas na escola. A montagem, que trazia a história de um rapaz que reclamava do destino, contou com a atenção dos alunos e convidados na plateia, que se divertiram com os diálogos. Ao fim da peça, indagado sobre o que pediria se tivesse acesso a uma árvore dos desejos, o estudante Omar Dutra Martins Neto pediu a palavra. “Paz, alegria e respeito a todos”, respondeu o jovem. “A EPA é uma das melhores coisas que aconteceu pra mim. Antes, minha vida era a violência das ruas, e agora é o ensino”, ponderou.
Após a peça, o evento prosseguiu com o depoimento da ex-aluna Elisângela Soares de Brito. Ela contou como, após sair da EPA, conseguiu estabilizar sua vida e de sua família a partir da produção de papel reciclado, técnica que aprendeu na instituição. “A EPA sempre foi minha casa, onde sempre fui muito bem acolhida por professores e pelos colegas”, afirmou. “Tudo o que conquistei foi a partir daqui, e espero que todos se sintam assim. Que a escola nunca pare essa história”, desejou. Na sequência, foram servidos bolos e sucos aos presentes, e a festa foi encerrada com sarau poético apresentado pelos alunos.
Nossa Senhora do Carmo – Na Restinga, o aniversário da instituição foi comemorado com grande espetáculo de dança, música e teatro composto por números apresentados por professores, estudantes que participam das oficinas do Cidade Escola e até por turmas inteiras da escola. O evento também foi realizado no pátio coberto da instituição, lotado de pais e alunos. (fotos)
A apresentação, que contou também com as presenças de representantes da Associação Cristã de Moços (ACM) e da EMEF Lidovino Fanton, teve início com vídeo que contava, por meio de fotografias, a trajetória da escola nesses 10 anos. “Queremos agradecer o esforço de todos nessa caminhada. Quando nos unimos, o resultado é sempre melhor e mais gratificante”, discursou a diretora Maria Fernanda Vergara Rocha Kelbert. “A Nossa Senhora do Carmo nasceu da luta comunitária, quando parecia um sonho impossível. Mas, quando sonhamos juntos, fazemos acontecer”, concluiu.
Em seguida, teve sequência o espetáculo com cerca de uma hora e meia de duração e coordenação da professora Maria Alice Gouvea Campesato. A abertura mostrou número que misturava dança e teatro tendo como temática a história de Dom Quixote, com a participação de cerca de 20 estudantes e de dois professores. Os outros atos envolveram apresentações da música “Fico Assim Sem Você” por alunos das turmas de A10, de números musicais por grupo formado por estudantes que participam das oficinas de violão e de flauta do Cidade Escola, entre outros.
/festaescolar Texto de: Tiago Nequesaurt
Edição de: Caren Mello
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