Rio Branco participa da elaboração do Plano Estadual de Contingência em caso de cheia dos rios Acre e Madeira
O prefeito
de Rio Branco em exercício, Márcio Batista, participou nesta
quinta-feira, 8, da reunião com a governadora em exercício, Nazaré
Araújo, representante da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil
(SEDEC), Marcus Suassuna, meteorologista do Sistema de Proteção da
Amazônia (SIPAM), Luiz Alves, chefe de operações da Polícia Rodoviária
Federal do Acre e Rondônia, inspetor João Bosco Ribeiro, comandante do
Corpo de Bombeiros, Carlos Gundim e o coordenador da Defesa Civil de Rio
Branco, Ten. Cel. George Santos, na sala de situação do governo do
Estado. O objetivo da reunião foi a conclusão do Plano de Contingência
para o caso de cheia dos rios Acre e Madeira, em Rondônia.
Representantes dos empresários e das instituições financeiras, também se
reuniram com as autoridades.
Segundo o SIPAM, existe previsão de
cheia para os rios Acre e Madeira, mas sem o impacto da que ocorreu no
ano passado. A governadora Nazaré Araújo diz que é preciso “se preparar
para o pior, mas rezar para que não haja problemas graves”. Ela cita que
o governo do Estado, prefeitura e parceiros adquiriram muita
experiência com a cheia de 2014 com relação a alternativas de
abastecimento e outras medidas. Durante a cheia, o governo empreendeu um
grande esforço, mobilizando homens e máquinas, para garantir o fluxo de
caminhões de abastecimento alimentar e de remédios para o Estado.
Outros meios foram utilizados para manter o Estado abastecido, como o
transporte aéreo.
O representante dos donos de
supermercados, Luís Deliberato, destaca que entre as medidas tomadas
pela iniciativa privada está o aluguel de um grande galpão para o
armazenamento de produtos não perecíveis, para evitar o
desabastecimento. O presidente da Federação das Associações Comerciais
do Acre, George Pinheiro, lembra que é necessário reestabelecer a
relação comercial com o Peru, de onde vieram vários itens como material
de construção e alimentos durante a cheia do Madeira, quando o Acre
ficou parcialmente isolado. Medida que segundo a chefe da Casa Civil do
governo, Márcia Regina, já está sendo tomada.
Márcio Batista ressaltou que o Plano
de Contingência da prefeitura de Rio Branco já está pronto e que já foi
realizada uma oficina de nivelamento sobre gestão de desastres para os
gestores públicos do município. A determinação é que logo que o Rio Acre
alcance os 12 metros, o Plano comece a ser colocado em prática e sejam
adotadas medidas como a construção de abrigos públicos no Parque de
Exposições e outros locais, caso haja necessidade.
George Santos afirma que a proposta do
prefeito Marcus Alexandre e da Defesa Civil é não esperar pela cota de
alerta, que é de 13,5 metros, para deflagrar o Plano de Contingência –
mas começar a agir o mais cedo possível para evitar surpresas de
desastres. “Antecipando, a gente consegue otimizar nossas ações. No
âmbito municipal, cada órgão já sabe o que fazer se houver cheia”,
resumiu George Santos.
Acre auxilia Rondônia na elaboração do Plano de Contingência
O coordenador da Defesa Civil de Rio
Branco, Ten. Cel. George Santos, auxiliou a pesquisadora Vera Reis, da
Secretaria de Estado do Meio Ambiente-, na elaboração do Plano de
Contingência para uma eventual cheia do Rio Madeira, em Rondônia. A
parceria é resultado de Reunião Técnica Pré-Cheia 2015 ocorrida entre os
dias 16 e 17 em Porto Velho, quando grupos de diferentes instituições
debateram a situação do Rio Madeira.
No ano passado, o Rio Madeira
transbordou causando sérios danos em bairros da capital rondoniense, em
comunidades rurais e no Acre, por conta do isolamento provocado pelos
vários pontos de alagamentos na BR 364, rodovia que liga o estado do
Acre aos centros de abastecimento no Sul e Sudeste do País. A cheia foi
histórica, uma vez que nos últimos 50 anos de monitoramento nunca havia
sido registrada uma cheia desse porte – a cota de 19,74 metros, em Porto
Velho, no dia 29 de março de 2014.
Fotos: Fagner Delgado/Asscom
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