Casa de Passagem Indígena resolve apenas parte do problema do Viaduto Capanema
Divulgação Foto1 |
Bebel Ritzmann Foto2 |
Bebel Ritzmann Foto3 |
Moradores e comerciantes
da região pedem a ocupação da construção embaixo do viaduto para inibir a
permanência de sem-teto e usuários de drogas no local
A
Prefeitura de Curitiba resolveu parte do problema do Viaduto do
Capanema com a abertura de uma casa de passagem para índios. Na última
quarta-feira (7), a prefeitura ajudou a realizar o transporte dos
pertences dos índios que estavam alojados debaixo do viaduto, para a
Casa de Passagem do Indígena Artesão, inaugurada na Fundação de Ação
Social (FAS), na Praça Plínio Tourinho, no Jardim Botânico. O espaço vai
abrigar as aproximadamente 33 famílias indígenas que moram nas ruas de
Curitiba e funcionará em caráter emergencial por dois meses, até que os
órgãos governamentais construam uma casa de passagem permanente.No início do mês passado, comerciantes, síndicos e moradores da região do viaduto realizaram uma reunião para discutir soluções e solicitar medidas urgentes ao poder público para resolver de vez os problemas que há anos afetam a comunidade local. "A mobilização popular ajudou, mas foi a prefeitura que tomou a frente e resolveu parte do problema com a transferência dos índios. A comunidade agradece o prefeito Gustavo Fruet e o vereador Paulo Salamuni por estarem à frente desta ação", afirma Luiz Gonzaga Bettega Sperandio, presidente da Comissão de Representantes dos Proprietários do Edifício Real Plaza Flat Residence, prédio localizado em frente ao viaduto.
Além dos índios, há anos o Viaduto Capanema constantemente serve de abrigo para os sem-teto e usuários de drogas, gerando problemas de lixo, falta de higiene, violência e furtos, causados principalmente pelos usuários de entorpecentes. A situação vem desde a desativação do Restaurante Popular da Prefeitura de Curitiba, que funcionava na construção embaixo do viaduto. Atualmente, o local é usado como arquivo morto pelo SETRAN. Na reunião de moradores e comerciantes foi aprovada a ideia de se criar uma parceria público-privada entre a Associação de Moradores, que está sendo fundada, e a prefeitura municipal, para juntos encontrarem uma solução definitiva, por exemplo, com a criação de um espaço de serviços à população, o que ajudaria a zelar pelo patrimônio público.
"Problemas nos entornos dos viadutos existem no mundo todo. Recentemente estive em Tóquio, uma cidade de muitos viadutos e vias elevadas. Na capital japonesa funcionam instalações de serviços à população nos entornos dos viadutos durante o dia, mas à noite as autoridades fecham os locais com gradil de ferro, evitando a ocupação de moradores de rua e a proliferação de desocupados, um verdadeiro embrião do comércio e uso de drogas", finaliza Sperandio.
Legendas:
Foto1 - Lideranças indígenas, o presidente da comissão de moradores do Real Plaza, Luiz Sperandio, e o vereador Paulo Salamuni acompanharam a desocupação indígena do Viaduto do Capanema
Foto2 - População pede a ocupação da construção embaixo do viaduto para evitar permanência de desocupados no local
Foto3 - Comerciantes, síndicos e moradores da região estiveram reunidos no Edifício Real Plaza em dezembro para discutirem soluções definitivas para o problema do viaduto
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