ONU mobiliza setor privado em prol da biodiversidade no México, América Central e República Dominicana

 ONU Meio Ambiente e a Aliança Meso-Americana pela Biodiversidade firmaram uma parceria neste mês (9) para mobilizar o setor privado em prol da conservação da natureza. Cooperação visa prevenir a perda de flora e fauna silvestres no México, Guatemala, Belize, República Dominicana, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Panamá. Países concentram 7% de toda a diversidade biológica do planeta.
Espécie de lagarto encontrada na Reserva de Vida Silvestre Texiguat, em Honduras. Foto: Flickr (CC)/Joe Townsend
Espécie de lagarto encontrada na Reserva de Vida Silvestre Texiguat, em Honduras. Foto: Flickr (CC)/Joe Townsend
A ONU Meio Ambiente e a Aliança Meso-Americana pela Biodiversidade firmaram uma parceria neste mês (9) para mobilizar o setor privado em prol da conservação da natureza. Cooperação visa prevenir a perda de flora e fauna silvestres no México, Guatemala, Belize, República Dominicana, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Panamá. Países concentram 7% de toda a diversidade biológica do planeta.
Desde 1960, essa região subcontinental perdeu 25% de suas florestas, segundo o levantamento mais recente da Plataforma Inver-governamental Científico-Normativa sobre Diversidade Biológica (IPBES). Esse ritmo de devastação ameaça a oferta de recursos naturais, como água e solos férteis, e também espécies em perigo, como a onça e a anta.
Ainda de acordo com o IPBES, sem uma resposta efetiva no presente, a região das Américas verá 40% de sua biodiversidade desaparecer até 2050. Entre os problemas identificados na Meso-América, estão a fragmentação dos habitats naturais — devido ao crescimento da população —, os crimes ambientais e práticas produtivas irresponsáveis.
“Na Meso-América, uma região que possui mais de 7% da biodiversidade mundial, precisamos das empresas para garantir o uso sustentável dos recursos e para desestimular as práticas que degradam o meio ambiente, como a exploração madeireira ilegal ou o tráfico ilegal de espécies. Por isso, é prioritário ajudar o setor privado a integrar a conservação em seus sistemas de gestão”, afirmou o presidente da Aliança, George Jaksch, em cerimônia no Panamá para formalizar a parceria com as Nações Unidas.
A cooperação defenderá a inclusão do tema da biodiversidade e seu uso sustentável nas cadeias produtivas, além de mobilizar fontes de financiamento para empresas que desenvolvam práticas benéficas para os ecossistemas. Outra frente de atuação será o incentivo a novas parcerias entre Estados, setor privado e ONGs ambientais.
“Governos, cientistas, cidadãos e empresas não podem trabalhar isoladamente para responder às ameaças globais contra a biodiversidade, como as mudanças climáticas, a poluição ou o tráfico ilícito da vida silvestre. Precismos unir todos os atores e impulsionar as iniciativas privadas para protegerem efetivamente a biodiversidade”, afirmou o diretor da ONU Meio Ambiente para a América Latina e o Caribe, Leo Heileman.
“Da mesma forma, devemos entender o valor dos ecossistemas no fornecimento de serviços vitais, dos quais as empresas (também) se beneficiam”, completou o especialista.
Conhecida pela sigla BPM, do inglês, a Aliança Meso-Americana pela Biodiversidade é formada por instituições públicas e privadas, da indústria e dos meios científico e turístico. Com atividades voltadas para a América Central, República Dominicana e México, a entidade conta com mais de 20 sócios — entre eles, as companhias e órgãos Dole Food Company, Chiquita Brands International, o Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (CATIE) e a Comissão Nacional para o Conhecimento e Uso da Biodiversidade (CONABIO), do México.

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