Cerca de 30 milhões de crianças deslocadas por conflitos precisam de proteção agora e soluções sustentáveis em longo prazo

Nova Iorque, 20 de junho de 2018 – Existem atualmente mais crianças deslocadas à força por causa de conflitos – cerca de 30 milhões – do que em qualquer outro momento desde a Segunda Guerra Mundial, disse o UNICEF neste Dia Mundial do Refugiado. A agência da ONU dedicada à infância avisou que essas crianças vulneráveis precisam ter acesso a proteção e serviços essenciais para mantê-las seguras agora, bem como de soluções sustentáveis para garantir seu bem-estar a longo prazo.
Em meio a conversas em curso sobre um plano global de ação em apoio aos refugiados, o UNICEF pede aos líderes mundiais que redobrem esforços para garantir os direitos, a segurança e o bem-estar das crianças mais vulneráveis do mundo – muitas das quais continuam deslocadas por causa de conflitos, violência e instabilidade política.
"No Dia Mundial do Refugiado, é importante lembrar as ameaças e os desafios que as crianças em deslocamento enfrentam diariamente", disse o diretor de Programas de Emergência do UNICEF, Manuel Fontaine. "Crianças desenraizadas – sejam refugiadas, solicitantes de asilo ou deslocadas internamente – enfrentam graves riscos a sua saúde e sua segurança, com barreiras significativas que limitam seu acesso aos serviços de que precisam para prosperar. Essas crianças precisam de mais do que apenas um dia – elas precisam de esperança, oportunidades e proteção. Pedimos aos Estados membros que renovem seus compromissos para cumprir os direitos e as aspirações dessas crianças".
Como o número de crianças deslocadas à força e refugiadas atingiu níveis recordes, seu acesso a apoio e serviços essenciais, como saúde e educação, continua profundamente comprometido. Apenas metade de todas as crianças refugiadas, por exemplo, está matriculada na escola primária, enquanto menos de 25% dos adolescentes refugiados estão na escola secundária.
O número global de crianças refugiadas e migrantes sozinhas também atingiu níveis inéditos, aumentando quase cinco vezes entre 2010 e 2015. Pelo menos 300 mil crianças desacompanhadas e separadas foram registradas em cerca de 80 países em 2015-2016, em comparação a 66 mil em 2010-2011. No entanto, o número real de crianças que se deslocam sozinhas, provavelmente, é significativamente maior. Crianças desacompanhadas e separadas correm maior risco de tráfico, exploração, violência e abuso. As crianças representam aproximadamente 28% das vítimas de tráfico em todo o mundo.
O UNICEF espera que o Pacto Global sobre Refugiados e o Pacto Global para Migração, que deverão ser finalizados neste ano, sirvam como base para compromissos firmes dos Estados membros com os direitos das crianças desenraizadas em todo o mundo. A agência da ONU dedicada à infância divulgou uma agenda de seis pontos de ação para proteger as crianças refugiadas e migrantes, incluindo as recomendações de melhores práticas que podem ser incorporadas em ambos os pactos.

"O que nos apaixona nos une"
Num momento em que o futebol une torcedores de todo o mundo, o UNICEF e seu parceiro criativo 180LA também estão lançando a iniciativa "O que nos apaixona nos une", baseada na ideia de que, se o amor ao esporte pode transcender fronteiras, também deveria ser assim com o apoio aos direitos das crianças refugiadas e migrantes. A campanha é um filme de dois minutos feito para a internet que conta a história de Santi, um menino de 8 anos que migrou da Bolívia para a Espanha, teve problemas para encontrar amigos e, finalmente, encontrou aceitação em seu novo país por meio de um amor compartilhado pelo futebol. Enquanto jogam, Santi e seus amigos recebem uma visita surpresa de seu herói, Sergio Ramos (capitão da Seleção Espanhola de Futebol e embaixador do UNICEF).
Coincidindo com o filme na internet, o "desafio do gol mais longo" também será lançado nas redes sociais. Para iniciar o desafio, Sergio Ramos apela a todos para que se unam por meio da paixão compartilhada pelo futebol e expressem seu apoio a crianças migrantes e refugiadas compartilhando, nas redes sociais, um vídeo de si mesmos gritando "gooooooooooool" o máximo de tempo possível, usando as hashtags #LongestGoal #WorldCup.

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