Em “A Voz do Silêncio”, Marieta Severo mergulha nas realidades alternativas de São Paulo

Primeira atriz a vencer o troféu Oscarito em 2002, Marieta Severo volta pela primeira vez a Gramado depois da honraria histórica. E volta na disputa pelo Kikito: em “A Voz do Silêncio”, longa-metragem dirigido por André Ristum que abriu a competição da 46ª edição do Festival de Cinema de Gramado, Marieta interpreta uma mulher que, submersa em culpa depois de ter rejeitado filho por razões que o filme descortina ao longo da projeção, enfrenta problemas psíquicos que a colocam em um estado emocional e mental muito particular.
A personagem integra um mosaico de histórias cotidianas onde o diretor André Ristum, premiado pelo júri popular em Gramado no ano de 2015 com “O Outro Lado do Paraíso”, radiografa a imensa cidade de São Paulo a partir de um viés que Marieta considera muito corajoso: “Como carioca, conheço apenas a São Paulo versão grande metrópole, com uma vida cultural intensa e repleta de programações, mas o filme apresenta a capital com uma poesia dura, buscando as pequenas batalhas dos lados B, C, D e E dessa população. É um trabalho que se distancia de qualquer experiência de impacto fácil e imediato. Você precisa assistir e digerir”.
Quando entrou em contato pela primeira vez com o roteiro, também escrito por Ristum, a atriz diz ter se encantado com a dramaturgia sólida de uma obra que tem uma estrutura pulverizada, já que a história é contada a partir de diferentes núcleos praticamente isolados. “Claro que estava no roteiro, mas o André nos deu a perspectiva que amarraria todas essas histórias. Os núcleos são trabalhados separadamente, mas tivemos temporada produtivas e objetivas de preparação. Por minha conta, mergulhei muito no arcabouço psíquico da personagem que interpreto, movida pelo desejo de ajudar a contar uma história. No final das contas, é isso o que me aproxima de um roteiro”.

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