Agência da ONU divulga guias para profissionais de saúde tratarem hemorragias no pós-parto

Nas Américas, a hemorragia no pós-parto é uma das maiores causas de mortalidade materna. No Brasil, em algumas regiões, a taxa chega a 300 óbitos de gestantes para cada 100 mil nascidos vivos. Para diminuir o número de falecimentos entre as mães de recém-nascidos, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançou recentemente dois guias para gestores e profissionais de saúde, com orientações sobre sangramentos após o nascimento dos bebês.
Centro de atenção materna em La Paz, Honduras. Foto: OPAS
Centro de atenção materna em La Paz, Honduras. Foto: OPAS
Nas Américas, a hemorragia no pós-parto é uma das maiores causas de mortalidade materna. No Brasil, em algumas regiões, a taxa chega a 300 óbitos de gestantes para cada 100 mil nascidos vivos. Para diminuir o número de falecimentos entre as mães de recém-nascidos, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançou recentemente dois guias para gestores e profissionais de saúde, com orientações sobre sangramentos após o nascimento dos bebês.
“As hemorragias podem acontecer de uma maneira imprevista durante um parto, uma cesárea. Mas há muitos recursos que podem ser usados para evitar isso”, destaca Suzanne Serruya, diretora do Centro Latino-Americano para Perinatologia – Saúde das Mulheres e Reprodutiva (CLAP/SMR).
Entre as técnicas para contornar a perda de sangue, está o uso do TAN (Traje Anti Choque Não Pneumático). A ferramenta é um dos temas do Manual de orientação para o curso de prevenção e manejo obstétrico da hemorragia: Zero Morte Materna por Hemorragia, elaborado pela OPAS em parceria com o Ministério da Saúde. O TAN permite controlar o sangramento temporariamente, o que ajuda a aumentar a sobrevida das mulheres enquanto aguardam procedimentos ou transferência para uma unidade de saúde de referência.
A segunda publicação da OPAS — Recomendações assistenciais para a prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica — defende a necessidade de empoderar as mulheres para que elas tenham seus direitos e preferências respeitados.
Segundo Haydee Padilla, coordenadora de Família, Gênero e Curso de Vida da OPAS no Brasil, uma das principais frentes de atuação contra a hemorragia pós-parto deve ser a capacitação dos profissionais. Com a formação adequada, é possível controlar as emergências obstétricas.
“Complicações graves requerem a atenção de profissionais bem treinados e, para atingir esse objetivo, apoiamos o fortalecimento dos serviços de saúde, a eliminação das barreiras ao acesso e a garantia de disponibilidade de medicamentos essenciais e sangue seguro para transfusões”, acrescenta a especialista do organismo das Nações Unidas.
Desde 2015, a OPAS e o Ministério implementam a estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia. O projeto já realizou uma série de treinamentos para clínicos em sete estados — Tocantins, Maranhão, São Paulo, Pará, Minas Gerais, Ceará e Bahia.
Nas Américas, a taxa de mortalidade materna diminuiu significativamente em anos recentes — de 62,4 para cada 100 mil nascidos vivos em 2007 para 46,8 para cada 100 mil nascidos vivos em 2016. Além do Brasil, a OPAS desenvolve a estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia na Bolívia, Guatemala, Haiti, Peru e República Dominicana.
Acesse o Manual de orientação para o curso de prevenção e manejo obstétrico da hemorragia: Zero Morte Materna por Hemorragia clicando aqui.

http://iris.paho.org/xmlui/handle/123456789/34880
Acesse a publicação Recomendações assistenciais para a prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica clicando aqui.
http://iris.paho.org/xmlui/handle/123456789/34879


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