Estudantes produzem cobertores e doam para a FAS

A Fundação de Ação Social (FAS) recebeu 80 cobertores isolantes térmicos de estudantes do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Paranaense, de Curitiba. Os materiais serão usados por pessoas em situação de rua que estão abrigadas na unidade Campina do Siqueira, que fica no bairro de mesmo nome, onde os cobertores forem entregues nesta semana.

Os cobertores foram produzidos pelos próprios estudantes. Eles criaram a empresa Aquece, a partir do projeto Miniempresa, desenvolvido pelo colégio para estimular os alunos a selecionar um produto, pesquisar, fazer estudos de viabilidade do negócio e capitalizar uma empresa através da venda.

O presidente da Aquece, João Vitor Lauredo, explicou que ele e mais 34 colegas queriam uma empresa que gerasse lucros, mas que tivesse um cunho social. “Nosso propósito era ajudar quem mais precisa. Então pensamos em um cobertor isolante térmico e impermeável para amenizar o frio do inverno”, disse.

A supervisora da FAS do Núcleo Regional Santa Felicidade, Odete Serafin dos Santos, parabenizou a ação dos adolescentes. “É muito importante o jovem direcionar seu olhar para outro ser humano que está em um momento de dificuldade e em condição de vulnerabilidade e risco social”, disse. 

Nilson da Cunha, 46 anos, que está abrigado há seis meses na unidade Campina do Siqueira, ficou feliz em ver a iniciativa dos jovens. “Eu tenho um menino de 9 anos e uma moça de 15. Queria muito que eles vissem atitudes como essa para que também pensem em outras pessoas no futuro”, disse.

Para a coordenadora das unidades de acolhimento para pessoas em situação de rua da FAS, Maria Sirlei Nedochetko, o contato direto dos estudantes com a área social agrega valor tanto para eles, quanto para os moradores que receberam as doações.

A UAI Campina do Siqueira tem capacidade para 100 pessoas, homens acima de 18 anos que eram ou ainda são usuários de substâncias psicoativas. Maria Sirlei explica que o trabalho desenvolvido na unidade busca estimular a reinserção social e oportunizar uma condição de sobrevivência básica aos moradores da casa.