Público do primeiro dia e vendas de artesanato superam edições passadas


Irmãs Ferreira fazem parte da família que por quatro gerações participa da Expointer
Irmãs Ferreira fazem parte da família que por quatro gerações participa da Expointer - Foto: ER/Especial
O primeiro dia da 37ª Expointer recebeu 53. 893 pessoas. O número supera a quantidade de visitantes dos dois últimos anos da Feira. O bom tempo do sábado (30) contribui para atrair o público ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Os portões da Expointer estão abertos das 9h às 20h até o próximo domingo, dia 07/09. Os ingressos custam R$ 12,00 para a entrada inteira; R$ 6,00 para estudantes e R$ 30 para veículos, com direito a entrada do motorista.
Também as vendas de artesanato foram acima das expectativas na abertura da feira. Foi comercializado, no pavilhão da 31ª Exposição de Artesanato do Rio Grande do Sul (Expoargs), o valor de R$ 127,6 mil, com a venda de 3.203 peças, superando o mesmo período do ano passado, quando foram comercializadas 1.879 peças e arrecadado um total de R$ 87,6 mil. A Expoargs conta este ano com 218 artesãos de 49 municípios gaúchos, dispostos em 118 estandes.
Um dos destaques entre os expositores são as irmãs Ferreira, de Caçapava do Sul, a quarta geração de mulheres da família a marcar presença na Expointer. Tendo a lã como matéria-prima, o trabalho artesanal tem passado de geração em geração na família desde a bisavó e a tradição é mantida hoje pelas irmãs Zulma e Rosicler, filhas de Feliciana, de 85 anos. Cerca de 300 peças de tecelagem da família, como palas, jaquetas, coletes, cobertores, meias e capas estão sendo comercializadas com valores entre R$ 35 e R$ 150.
“Vivemos só do artesanato e vivemos bem. Não tenho do que me queixar. Adoro o nosso trabalho. É uma terapia. Quem vive do artesanato não tem estresse”, afirma Zulma. Em quarenta anos de produção de peças artesanais, Zulma conta que a atividade passou por modificações ao longo do tempo. “No início, utilizávamos tear comum, que nos permitia tecer apenas uma peça por dia. Hoje, usamos o tear de pente, com o qual conseguimos tecer um rolo de tecido e depois fazemos as peças. Dividimos as tarefas e, assim, produzimos oito peças ao dia”, conta.
Desde 1979, a família comparece ao evento, que reúne profissionais que possuem Carteira de Artesão e participam do Programa Gaúcho do Artesanato. O documento viabiliza aos artesãos a isenção de ICMS para a circulação de seus produtos, a emissão de notas fiscais, a possibilidade contribuir com a Previdência Social e aposentar-se por tempo de serviço, a exportação de produtos como pessoa física e a comprovação de renda para fins de empréstimos bancários, além da participação de exposições e feiras para comercialização dos produtos.
Em 2013, a Expoargs comercializou 30.405 peças, totalizando R$ 1.062.565,60. A Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), órgão vinculado à Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul (STDS), desenvolve o Programa Gaúcho do Artesanato, que incentiva a profissionalização e fomenta a atividade artesanal com políticas de formação, qualificação e apoio à comercialização. São 43.225 artesãos participando ativamente do programa e 23 Casas e/ou Lojas do Artesão em todo o Estado.

Texto: Raquel Wunsch/Redação Expointer/FGTAS

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