Festival de Dança define vencedores na região de Ituporanga

Ituporanga,

A saga de Lampião e Maria Bonita e da heroína de dois mundos, Anita
Garibaldi, coreografadas pelos professores Renata Müller e Djalma Shafer,
respectivamente, foram classificadas na noite de sexta-feira (26) para
disputar a etapa Regional Centro/Oeste do 12º festival Mário de Andrade de
Dança Escolar na categoria Infanto-Juvenil.



Os alunos das escolas de educação básica Prefeito Frederico Probst, de
Petrolândia, e Bertino Silva, do município de Leoberto Leal, que
interpretaram as coreografias vão representar os municípios abrangidos
pela Secretaria de Desenvolvimento Regional de Ituporanga (13ª SDR). O
professor Djalma Shafer, que realiza trabalho com grupos de dança em
diversas cidades na região do Alto Vale, nas faixas etárias dos “8 aos 80
anos”, foi agraciado com Troféu Especial do Festival Mário de Andrade.





Neste domingo (27) a caravana da dança da Fesporte está em Mafra, onde
acontece a seletiva microrregional da Secretaria de Desenvolvimento
Regional de Mafra, na cidade sede da SDR.





A etapa microrregional da SDR Ituporanga, prestigiada por um público de
aproximadamente 1,3 mil pessoas, classificou também os casais das escolas
de educação básicas Tancredo Neves e Bertino Silva, ambas de Ituporanga,
para a disputa Regional na categoria Dança de Salão. O número de escolas
participando nesta categoria, nove no total, deu um pouco mais de trabalho
para os jurados do Festival – Guilherme Abilhôa, Mapi Cravo e Marcos
Marquesani – que tiveram que fazer a seleção em duas baterias.





No total, 22 grupos de dança de escolas públicas das cidades de
Ituporanga, Aurora, Leoberto Leal, Petrolândia e Atalanta, concorreram nas
três categorias do Festival – Mirim, Infanto-Juvenil e Salão. Da categoria
Mirim, que pela idade das crianças – entre 8 e 11 anos - não participa da
etapa Regional, cinco escolas competiram. A categoria, conforme Mapi, foi
incluída para fomentar a prática da dança já a partir de tenra idade.
(Confira o quadro com os vencedores).





Na abertura, a coordenadora do Festival, Mapi Cravo, fez um agradecimento
especial ao professor Clei Giovani, que desenvolve projetos na área de
dança na região do Alto Vale há mais de seis anos. “Ele está fazendo a
história da dança aqui na região”, disse Mapi. O secretário regional,
Adelmo Cezar Sant’Ana, salientou que o Festival mobiliza as escolas,
professores e toda a comunidade desde a sua primeira edição, em 1999, e
estimulou o desenvolvimento de diversos outros projetos na área.



Inclusão



A professora Luciane Ventura, do Centro Educacional Julio Müller, escola
do Bairro Nossa Senhora de Fátima, de Ituporanga, diz que o Festival abriu
novos horizontes para professores e alunos, tanto como instrumento
pedagógico como de inclusão e desenvolvimento do potencial humano das
crianças e adolescentes da região. “A maior parte das crianças que estudam
em nossa escola, são filhos de operários ou de agricultores que trabalham
sazonalmente no plantio e colheita da cebola. Além de estarmos distantes
de centros que nos permitam maior acesso à cultura, eles não tem renda
para colocar um filho numa escola de dança, por exemplo”, argumenta.





Pequenos ou já adolescentes, os integrantes dos grupos de dança escolar
que ficaram concentrados no Centro de Educação para Jovens e Adultos
(CEJA), apesar do nervosismo e excitação, repassavam seus passos com os
professores coreógrafos. Para chegar à Ituporanga, alguns tiveram que
improvisar mesmo. “Tivemos um problema com o ônibus que ia nos trazer.
Fizemos o transporte dos nossos bailarinos de carro, indo e vindo até
estarem todos aqui”, contou a diretora da Escola Básica Prefeito Frederico
Probst, de Petrolândia, Roseli Benner Eger. Algumas horas mais tarde, a
diretora comemorava aos pulos com seus alunos, a conquista do primeiro
lugar na categoria Infanto-Juvenil.



A maior parte dos professores coreógrafos que participaram com seus grupos
da seletiva, realizou o quinto, dos 18 cursos que integram o projeto Dança
Escolar: desafios e possibilidades da dança na escola. O curso, ministrado
por Mapi, Marquesani e Abilhôa, é direcionado a professores de educação
física, de artes e outros que atuam na escola pública com dança, mesmo não
tendo formação específica na área. O professor Clei Giovani parabenizou a
iniciativa. “Nós precisamos que isso venha até nós para que possamos
melhorar o trabalho que desenvolvemos, não apensas com as crianças e
adolescentes, mas com idosos e comunidade em geral”, afirmou.

Postagens mais visitadas deste blog

Gestão de Gladson Cameli encerra 2021 com grandes avanços na Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura

Boletim Sesacre desta quarta, 29, sobre o coronavírus

Saúde alerta para superlotação de unidades de alta complexidade