Projeto que altera regime jurídico dos portos paranaenses é aprovado pela CCJ
O projeto de lei 661/2013, que 
transforma o regime jurídico da Administração dos Portos de Paranaguá e 
Antonina (Appa), foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça 
(CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná. Nesta quarta-feira (27), o 
projeto seguiu para as demais comissões.
Encaminhado
 esta semana pelo Poder Executivo à AL, o projeto visa transformar o 
regime jurídico da Appa de autarquia para empresa pública. A mudança é 
uma obrigação imposta pela legislação que regula o setor portuário.
“O
 projeto visa readequar legislativamente a Appa pondo fim às distorções e
 às demandas trabalhistas, além de propor o alinhamento da Appa com os 
novos marcos legais do setor portuário criados em 2012, com a medida 
provisória 595 e que culminaram, em 2013, com a lei 12815”, explica o 
chefe de gabinete da Appa, Sebastião Henrique de Medeiros. 
Se
 aprovada a alteração, a Appa passa a ser uma empresa pública. Na 
prática, a nova configuração jurídica dará agilidade às contratações, 
menos burocracia nos processos e consolidará o quadro funcional sob o 
regime celetista. “O porto ganhará característica e velocidade da 
iniciativa privada para fazer frente ao dinamismo da atividade 
portuária”, explica Medeiros. 
Ações
 trabalhistas – Um dos principais ganhos que a nova configuração 
jurídica trará é a possibilidade de corrigir um problema que se perpetua
 há anos na Appa: os problemas de seu quadro funcional. Por estar em 
desacordo com a legislação e com as obrigações da Appa, o quadro traz 
inconsistências como, por exemplo, a existência da função de maquinista,
 obrigação esta que desde 1993 não compete mais à autoridade portuária.
O
 resultado destas disfunções é a avalanche de ações trabalhistas movidas
 por desvios de função. Nos últimos 20 anos, a Appa pagou R$ 1,3 bilhão 
em indenizações trabalhistas por desvio de função e horas extras. Todos 
estes desvios foram causados pelas mudanças legislativas do setor 
portuário ao longo da história, sem que houvesse – por parte da Appa – 
as adequações devidas. 
Agora, o PL 661/2013 segue para ser analisado pelas demais comissões da Assembleia, para depois ser votado em plenário. 
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