TCU determina que governo cumpra condições para licitar portos públicos
O Tribunal de Contas da União (TCU)
 estabeleceu ontem (10) 19 condições para que o governo publique o 
edital para licitação dos portos de Santos, em São Paulo, Belém, 
Santarém e Vila do Conde, no Pará, além dos terminais de Outeiro e 
Miramar, também no Pará. Os ministros consideraram insuficientes os 
estudos apresentados pelo governo e pediram mais informações técnicas 
sobre os projetos.
Entre
 as condições estabelecidas pelo TCU está a conclusão de estudos já 
encomendados pelo governo a universidades, por determinação do tribunal,
 sobre a competição dentro e fora dos portos. O TCU também quer que o 
governo estabeleça teto de tarifas para todos os portos, mesmo para 
aqueles que serão licitados pela modalidade de maior movimentação de 
carga.
Também
 foi determinada a realização de inventário dos bens existentes nos 
portos e uma melhor definição dos projetos de engenharia de cada 
terminal.
Estes
 são primeiros estudos de arrendamento de portos sob o novo marco 
regulatório que foi aprovado no primeiro semestre pelo Congresso 
Nacional. O governo pretende licitar 29 áreas, nove em Santos e 20 no 
Pará.
O
 critério para escolha dos vencedores do leilão será o de menor tarifa, 
no caso de terminais de contêineres. Para terminais de cadeias 
integradas, como as de agronegócios e de  movimentação de graneis, será 
usado o critério de metas de capacidade de movimentação.
A
 relatora do processo, ministra Ana Arraes, acatou todas as sugestões da
 área técnica e acrescentou quatro condições. Ela criticou o governo, 
dizendo que os estudos não foram encaminhados ao TCU com a completude 
necessária, nem acompanhados de relatórios e das notas técnicas 
necessárias. Segundo ela, a maior parte das informações foi obtida por 
meio de questionamentos dos técnicos do TCU, que encaminharam mais de 
150 perguntas à Secretaria Especial de Portos e à Antaq.
O
 governo entregou os estudos ao TCU em outubro, com a expectativa de 
publicar o edital ainda neste ano. Agora, a publicação do edital vai 
depender do cumprimento das condicionantes pelo governo. “As 
determinações do tribunal são aperfeiçoamentos nos estudos e 
inconsistências que foram encontradas e precisam ser corrigidas para que
 eles possam prosseguir e dar mais segurança à licitação, que será a 
primeira na área de portos, e o porto mais importante do país. Então, o 
tribunal tem todo cuidado para que os estudos sejam adequados e 
consistentes”, disse o secretário de Fiscalização de Desestatização e 
Regulação de Transportes do TCU, Davi Ferreira Barreto.
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