Economia cearense deve crescer, no mínimo, 4,5% em 2014, estima IPECE

A economia cearense deve crescer, no mínimo, algo em torno de 4,5% em 2014, isso se os investimentos previstos pelo Governo do Estado, de R$ 9,44 bilhões, forem todos concretizados. Caso a estimativa seja alcançada, a economia do Estado terá sua maior participação na história do PIB em relação ao PIB nacional, superando, inclusive, o índice alcançado ainda no governo de Virgílio Távora, de 2,21%, em 1965. A estimativa está no IPECE/Informe “Perspectivas da Economia Cearense para 1014” (nº 70 – dezembro/2013) que acaba de ser divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado.

Assim como nos anos anteriores (desde 2008), em 2014 o PIB do Ceará - soma de toda a riqueza produzida pelo Estado – deve continuar acima do nacional, inclusive nos números que o Ipece divulga a cada trimestre. O documento, que já pode ser acessado no www.ipece.ce.gov.br, também analisa os resultados e perspectivas para o comércio exterior cearense e o mercado de trabalho, além apresentar comentários sobre a composição dos investimentos sociais do Ceará, bem como do volume de recursos aplicado nos principais projetos de infraestrutura. O PIB cearense já acumula, até o terceiro trimestre deste ano, um crescimento de 3,22%, e a tendência é de um ritmo de crescimento maior do que o nacional (2,3%).

O professor Flávio Ataliba, diretor Geral do Ipece, afirma que a projeção de crescimento da economia do Estado, de 4,5%, no mínimo, vai ser puxada, sobretudo, pelo setor de serviços, seguido pela indústria e agropecuária, este último depende, sobretudo, da quadra invernosa, já que o Ceará tem enfrentado um período de seca prolongado. Ele observa que a excelente perspectiva da economia cearense para o próximo ano deve ser concretizada, já que o Governo do Estado anunciou, no último dia 20, após reunião do Monitoramento de Ações e Programas Prioritários (Mapp) de 2013, que o investimento previsto para 2014 vai ser o maior da história: R$ 9.444.847.108,74.

O economista do Ipece, Daniel Suliano, coordenador da equipe técnica que elaborou o estudo, disse que para o mercado de trabalho do Ceará é esperado para 2014 uma elevação na geração de empregos no setor de Serviços, que é o que sofre os efeitos mais diretos devido ao aumento do fluxo turístico esperado para o mês de junho do próximo ano em razão da Copa do Mundo. Outro setor que será destaque é o da Construção Civil, que continuará aquecido, em parte em função da necessidade de acelerar o término das obras da Copa e também em função do aumento de volume de negócios esperado ligados ao setor imobiliário. A Indústria de Transformação também gerará mais empregos a reboque da demanda dos demais setores da economia.

As principais expectativas do comércio/varejo - subsetor dos serviços - giram em torno da manutenção do ritmo de expansão para o crédito, porém menor em 2014 (14,5%) do que em 2013 (14,6%). Além disso, um fator positivo é o reajuste de 6,78% do salário mínimo – que passou de R$ 678,00 para R$ 724,00, levemente acima da inflação acumulada em 2013, quando foi mantida a regra de reajuste com base no INPC e da variação do PIB de dois anos atrás. É esperado também para 2014 uma maior taxa de crescimento do varejo cearense em função da baixa base de comparação e também devido a novos fatores que estarão presentes na economia do Estado, a exemplo do evento da Copa do Mundo e também do elevado volume de investimentos recorde previsto pelo Governo do Estado para esse ano.

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