Com maior fluxo, navios aguardam para atracar
Por conta do aumento da 
movimentação do Porto de Fortaleza, alguns navios têm esperado mais na 
fila para atracar. Segundo a Companhia Docas do Ceará (CDC) já foram 
movimentadas 4.611.432 toneladas de cargas, de janeiro a novembro deste 
ano, representando um aumento de 11,6% em relação a igual período do ano
 passado.
Do
 total movimentado, 92% foi no sentido importação e 8% no sentido 
exportação. Na movimentação de contêiner, o índice de crescimento foi 
ainda maior, registrando 24,63% de alta entre janeiro e novembro de 
2013, em relação ao acumulado de 2012, totalizando 80.552 TEUs.
Fluxo de passageiros
Desde
 a semana passada, entrou em vigor uma portaria que determina o fluxo de
 passageiros de cruzeiros marítimos no Porto de Fortaleza só pode ser 
feita por meio de veículos das empresas responsáveis. Segundo o chefe da
 seção de vigilância e controle aduaneiro da Receita Federal, Ivanilson 
Castro, a medida, tomada por meio da Portaria 87 é uma "questão de 
segurança", além de garantir o controle aduaneiro. "Na verdade, é um 
processo de evolução de controle aduaneiro. É uma portaria muito 
simples. Fortaleza era um dos poucos portos com trânsito misturado - com
 contêiner, operadores portuários e veículos de vários portes", afirma.
Por
 outro lado, o sócio do setor contencioso cível da Siqueira Castro 
Advogados, Fábio Korenblum, destaca que a mudança poderá onerar os 
serviços oferecidos pelos cruzeiros, uma vez que será de 
responsabilidade delas a contratação de empresas para realizar o 
transporte. "Esse serviço deve onerar as empresas de modo global e 
deixar os pacotes mais caros, trazendo a responsabilidade de circulação 
que em tese não é deles", analisa.
Regulamentação
Korenblum
 ressalta que a regulamentação em área de alfândega é de competência da 
União e é administrada pelos portos. "É uma questão que trata 
indiretamente com assunto inerente ao direito do consumidor.
Além
 disso, o advogado afirma que o ideal para garantir a segurança dos 
transeuntes seria uma sinalização adequada e a fiscalização da 
circulação dos transportes. "O objetivo do órgão regulamentador é bem 
claro de trazer segurança. Resta saber se é a forma correta. Se através 
de portaria é possível essa imposição à empresa", diz. Conforme 
Ivanilson, a medida já começou a ser cumprida logo no dia seguinte à 
publicação da portaria.
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