Concorrência derruba custo em Santos
Os preços de movimentação de
contêineres cobrados dos armadores pelos terminais caíram de 12% a 15%
em Santos com a entrada dos novos terminais de contêineres BTP e
Embraport. Os dados são do diretor comercial da Embraport, Michael da
Silva, e foram apresentados na sexta-feira durante evento promovido pela
Log-In a investidores no terminal da Embraport.
"Até
2012 os terminais [existentes] fizeram uma festa ao manter não só os
preços altos, mas reajustados anualmente. No ano de 2013 os aumentos não
só pararam mas [o preço] baixou", disse Silva.
O
presidente da Log-In, Vital Lopes, armador de linhas nacionais que
migrou para a Embraport um serviço em que opera com outra companhia,
confirmou os números. "Eu procuro queda maior." A Log-In opera um outro
serviço no porto em um terminal da margem direita (Santos). Mas não
descarta transferir também essa linha para a Embraport (que fica na
margem esquerda, em Guarujá).
"É
questão de eficiência e preço. Na margem direita já existe toda uma
infraestrutura estabelecida. Na margem esquerda, além de não ter [essa
infraestrutura], tem a questão do pedágio [da rodovia Cônego Domenico
Rangoni], que cobra por eixo", disse Lopes.
O
diretor de Operações da Log-In, Rômulo Otoni, disse que no "boom" de
cargas de importação em anos recentes a companhia chegou a ser
dispensada por terminais de Santos. As cargas de importação são as que
mais remuneram o terminal, pois demandam armazenagem, o que não ocorre
com as cargas de cabotagem e transbordo.
Silva,
da Embraport, diz que o terminal é atrativo porque foi dimensionado
levando em conta não somente as cargas de longo curso - exportação ou
importação -, mas também as de transbordo. "A nossa atratividade é ser
hub port [porto concentrador]."
A
estimativa é que a BTP e a Embraport adicionem quase 70% de capacidade
operacional ao porto de Santos na movimentação de contêineres, mercado
até então dividido entre Santos Brasil, Libra, Ecoporto e Rodrimar.
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