Premiada em Praga, ‘Personagens e Fronteiras’ chega a Lisboa


A exposição ‘Personagens e Fronteiras: Território Cenográfico Brasileiro’ que abre em Lisboa, no MUDE – Museo do Design e da Moda em 22 de Setembro foi elaborada para participar da Mostra de Países e Regiões da 12ª Quadrienal de Praga – de Design e Espaço da Performance em junho de 2011 . Reúne cerca de 25 produções de artistas cenógrafos realizados para produções cênicas, performances, televisivas e ainda, instalações artísticas.
A mostra coletiva exibe trabalhos de dezenas de artistas e coletivos criativos, entre os quais, João Irênio, Lia Renha, Bia Lessa, OSGEMEOS, Antonio Araújo, Samuel Abrantes, Gabriel Villela. Este coletivo foi premiado com a Triga de Ouro do maior evento evento mundial de cenografia.
O prêmio foi concedido por um júri internacional formado por reconhecidos profissionais do teatro contemporâneo, como o teórico em Teatro e Performance Marvin Carlson , a cenógrafa e designer estoniana Monika Pormale, a iluminadora israelense Felice Ross,
a diretora do festival de Teatro de Santiago, Carmem Romero e o diretor, dramaturgo, cenógrafo e figurinista da África do Sul, ganhador da Medalha de Ouro na PQ’07 e presidente deste júri, Brett Bailey – para citar alguns. A exibição, realizada em junho deste
ano, reuniu mostras de 62 países.
A representação brasileira teve curadoria geral de Antonio Grassi e a autoria do tema da Mostra Nacional é dos cenógrafos Aby Cohen e Ronald Teixeira. Na premiação, recebeu a seguinte avaliação do júri: ‘A exposição brasileira na PQ oferece visões e sentido de
diversidade de um espectro cenográfico e os tipos de performances criadas no Brasil. A exposição apresenta com o mesmo peso, arte de rua, intervenções em site specific, performances com engajamento social, teatro de animação e formas convencionais de
teatro.’
Outro prêmio recebido pelo Brasil na 12ª Quadrienal de Praga foi o de Melhor Realização de uma Produção conferido ao trabalho ‘BR-3’, do Teatro da Vertigem, uma das produções representadas na Mostra.
Composição da mostra
A exposição reúne trabalhos de reconhecidos cenógrafos e figurinistas nacionais expostos em diferentes suportes – instalações, vídeos, croquis, objetos, fotografias. Em um espaço expositivo comum, apresentado como uma grande instalação na qual a interação entre as produções artísticas da cenografia teatral, das artes visuais e da cultura popular revelam o homem brasileiro, segundo a própria curadoria, estão organizados em quatro blocos que dialogam entre si:
Memória – as peças ‘As Centenárias` (Cenografia: Fernando Mello da Costa e Rostand Albuquerque/ Figurino: Samuel Abrantes), ‘Memória da Cana’, da Cia Os Fofos Encenam (Cenografia: Marcelo Andrade e Newton Moreno), ‘A farsa da boa preguiça’ (Cenografia:
Ney Madeira/ Figurino: Rodrigo Cohen), ‘A chegada de Lampião no inferno’, da Cia PeQuod Teatro de Animação (Cenógrafo: Carlos Alberto Nunes/ Figurino: Daniele Geammal/ Diretor Artístico: Miguel Vellinho), o cenário-instalação ‘Sonhos para vestir’ (Cenografia: Analu Prestes), o solo de dança contemporânea para crianças ‘Fábulas dançadas de Leonardo da Vinci’ (Cenografia: Doris Rollemberg/ Figurino: Mauro Leite), as foto-pinturas ‘Retratos pintados’ (Artistas anônimos), a minissérie televisiva ‘Hoje é dia de Maria’ (Cenografia: João Irênio/ Direção de Arte: Lia Renha/ Figurino: Luciana Buarque).
Lugares – as peças ‘BR-3’ (Diretor Artístico: Antonio Araújo/ Criação Artística: Teatro da Vertigam), ‘O santo guerreiro e o herói desajustado’ (Diretores de Arte: Julio Dojcsar, Sato, Silvana Marcondes/ Criação Artística: Cia São Jorge de Variedades), ‘Arrufos’
(Diretor de Arte: Renato Bolelli Rebouças/ Criação Artística: Grupo XIX de Teatro), ‘O perfeito cozinheiro das almas deste mundo’ (Diretor de Arte e Figurinista: Flávio Graff), a intervenção teatral Projeto Barafonda (Criação Artística: Cia São Jorge de Variedades).
Ação – as encenações ‘Projeto Coleções’ (Artistas plásticos: Guga Ferraz, Marta Jourdan, Pedro Bernardes, Raul Mourão/ Diretora Artística: Valéria Martins – Intrépida Trupe), ‘Exercício n2º : formas breves ’ (Cenógrafas: Bia Lessa e Camila Toledo), ‘Mistério-
Bufo’ (Cenografia: Sérgio Marimba), a performance ‘Vale 1 Real’ (Figurinista: Cris Bierrenbach), a intervenção urbana ‘Enquadro’ (Criação artística: Coletivo Casadalapa).
Transposição – as obras ‘Toda vez que eu dou um passo, o mundo sai do lugar’ (cenário de OSGEMEOS para o show da banda pernambucana ‘Siba e Fuloresta’) e ‘Dentro do arco-íris é assim’ (Artistas plásticos: OSGEMEOS), a encenação em miniatura ‘Romeu e Julieta’ (Artista plástico e performer: Hélio Leite), a cenografia do grupo ‘Clowns de Shakespeare’ (Criação Artística: Clowns de Shakespeare/ Figurino e direção: Gabriel Villela), o grupo de performance ‘Caixa de Imagens’, a videoarte e projeção ‘Coletivo Laborg’, a obra ‘Lux’ (Artista plástico: Jorge Fonseca).

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