A Família Vai ao Cinema


Depois da escola, da diversidade cultural, da criança, da juventude e da mulher irem ao cinema foi a vez da família toda ir ao encontro da sétima arte. Não é de hoje que a instituição que tem passado por profundas mudanças é tema na produção cinematográfica do mundo inteiro. Se a família que aparece no filme mudou, a que assiste também. Assim, num jogo de espelhamento, o livro “A família vai ao cinema”, dos organizadores Inês de Castro e José de Sousa Miguel Lopes, traz à tona o tema da família analisado por diversos autores e ângulos distintos.
 
A publicação “A família vai ao cinema” é o sexto título da coleção Cinema, Cultura e Educação  que conta com outros cinco títulos publicados: A escola vai ao cinema; A mulher vai ao cinema; A diversidade cultural vai ao cinema; A infância vai ao cinema e A juventude vai ao cinema.
 Imagem de diulgação do livro
A edição mais recente contou com a participação de pesquisadores das áreas de ciências sociais, educação, psicologia e comunicação, do Brasil e de Portugal, que analisaram, ao todo, 11 filmes. De acordo com o professor da Universidade Estadual de Minas Gerais e doutor em história e filosofia da educação, José de Sousa Miguel Lopes, a proposta da coleção é inovadora já que aborda os filmes sempre do ponto de vista da educação. “Pedimos a educadores para fazer crítica de filmes que abordam o tema da família. É um outro olhar menos técnico, mas atento às questões educacionais”, comenta.
 
Para isso, foram selecionados filmes de diferentes épocas, países e diretores como Rocco e seus irmãos(Itália, 1960, Luchino Visconti), Sonata de outono (Suécia, 1978, Ingmar Bergman), Mamãe faz 100 anos (Espanha, 1979, Carlos Saura), Parente é serpente (Itália, 1992, Mario Monicelli), Lavoura Arcaica (Brasil, 2001, Luiz Fernando Carvalho), Lugar nenhum na África (Alemanha, 2001, Caroline Link), As invasões bárbaras(Canadá, 2003, Denys Arcand), Conversando com mamãe (Argentina, 2004, Santiago Carlos Oves), Um herói do nosso tempo (Romênia, 2004, Radu Mihaileanu), A culpa é do Fidel! (França, 2006, Julie Gavras), e Hanami: cerejeiras em flor (Alemanha, 2008, Doris Dorrie).
 
José Miguel explica também que a seleção dos filmes considerou um cinema mais artístico que busca fugir das banalidades para abordar o tema. “A gente buscou filmes fora do circuito hollywoodiano para tratar o fenômeno da família  sobre todos os ângulos possíveis”, relata. Além da busca pela diversidade de filmes que fogem do padrão comercial, os organizadores da coletânea buscaram também diferentes autores que puderam abordar os filmes selecionados com toda liberdade possível. “Convidamos os autores de acordo com o filme selecionado por nós. Eles ficaram livres para explorar o tema, conferindo grande diversidade à publicação.”, completa.
 
A Família Vai ao Cinema
Organizadores: Inês Assunção de Castro Teixeira e José de Sousa Miguel Lopes
Editora: Autêntica
Número de páginas: 192
Preço: R$ 39,00

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