Seapa promove oficina visando enquadramento no Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono
 
Uma oficina de planejamento sobre o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), teve início nesta terça-feira (15), em Porto Alegre. Promovido pelo Ministério da Agricultura, em parceira com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) o evento, que visa estruturar projetos para conter a emissão do gás carbono na agricultura do Rio Grande do Sul, foi realizado no auditório da Superintendência Federal de Agricultura.

Até a próxima quinta-feira (17), gestores, elaboradores, técnicos envolvidos com a temática, profissionais da Seapa, fiscais agropecuários, engenheiros florestais, representantes de universidades, organizações não-governamentais, coordenadores de programas vinculados ao desenvolvimento sustentável e representantes de órgãos estaduais e federais ligados à agricultura, pecuária e abastecimento, terão o desafio de elaborar uma proposta que dê impulso às iniciativas que buscam proteger a produção de alimentos, principal foco do problema.

"É um compromisso do Brasil e temos que garantir viabilidade econômica para um novo uso do espaço agrário", destacou o secretário adjunto da Agricultura do RS, Cláudio Fiorezzi, que abriu os trabalhos juntamente com o superintendente substituto do Ministério da Agricultura no Estado, José Severo. Para Fiorezzi, "vivemos um período de transição agroecológico e o momento é de racionalizar os insumos", declarou. Segundo Severo, "o Brasil atravessa um momento muito favorável na concepção de políticas públicas e marca pontos para o desenvolvimento sustentável".

Elvison Nunes Ramos, coordenador da implantação do Plano ABC em nível nacional, apontou em sua explanação, a necessidade de alinhar as diretrizes e caminhos para construir a matriz de planejamento, com objetivos, ações e metas estabelecidas, incluindo os parceiros envolvidos e que produtos são esperados a partir das ações e projetos, respeitando as peculiariedades regionais.

Ele salientou a importância da revisão dos planos a cada dois anos, já que o objetivo geral do ABC é garantir o aperfeiçoamento dos sistemas e práticas de uso e manejo sustentável dos recursos naturais que promovam a redução da emissão de gases de efeito estufa. "O Plano ABC não é estático e devemos estar alertas para a agregação de novas tecnologias", frisou. Entre as metas apontadas, estão a recuperação de milhões de hectares de pastagens degradadas e a prevenção e redução das vulnerabilidades ambientais. Segundo Ramos, os principais alicerces do ABC são a divulgação, capacitação técnica, crédito e transferência tecnológica. "Mas o agente mais importante é o que está lá na ponta, o agricultor".

Milton Bernardes, Coordenador das Câmaras Setoriais e Temáticas da SEAPA e do Grupo Gestor Estadual do Plano ABC, ressaltou que a metodologia do uso de oficinas constitui uma primeira etapa do processo de elaboração participativa do Rio Grande do Sul que, num futuro próximo, contará também com a capacitação de técnicos, realização de pesquisas e experiências em campo para a validação agropecuária sustentável gaúcha. Os participantes terão a tarefa de serem formadores e multiplicadores do Plano ABC em suas esferas de atuação.

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