Para advogado de Demóstenes, depoimentos dos delegados derrubam provas no Supremo

Rodrigo Baptista
O advogado do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse nesta terça-feira (15) que os depoimentos dos delegados responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista, no último dia 8, comprovam que houve uma “burla” à Constituição. Eles teriam confirmado que já em 2009 a Procuradoria-Geral da República conhecia o teor de telefonemas entre Demóstenes e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e, portanto, não poderia ter deixado de informar ao Supremo Tribunal Federal (STF) das gravações, de modo a obter daquela Corte autorização para investigar autoridade com foro privilegiado.
Diante do que classificou como um evidente erro de procedimento jurídico, o advogado repetiu o que vem dizendo ha algumas semanas: as provas do inquérito que corre no Supremo desde o dia 29 de março são nulas.
Kakay chegou ao Senado no início da manhã para acompanhar os depoimentos, no Conselho de Ética, dos delegados da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Souza, responsável pela Operação Vegas, e Matheus Mella Rodrigues, responsável pela Operação Monte Carlo.
O advogado disse ter consciência de que o julgamento de Demóstenes no conselho é político, como já afirmou o relator do processo movido com base em denúncia do PSOL, senador Humberto Costa (PT-PE). Ainda assim, o defensor de Demóstenes acredita que a "confirmação" do erro processual na esfera do Ministério Público e da Justiça Federal, que autorizou as gravações telefônicas da Operação Monte Carlo, pode ajudar a convencer os integrantes do colegiado presidido pelo senador Antonio Carlos Valadares a inocentar o parlamentar goiano.
- Os depoimentos dos delegados deixaram claro que desde 2009 havia uma investigação ferrenha, fechada, contra o senador Demóstenes. O que eu tenho dito na minha reclamação no Supremo foi comprovado aqui. Está comprovada uma burla clara, eu diria quase criminosa à Constituição da República. Quero apenas que confirmem [no Conselho de Ética] o que disseram à CPI – afirmou o advogado.


Agência Senado

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