Cooperativa Univerde faz sucesso na Baixada

Por Redação TN/Envolverde (IPS)

Moradoras do Parque Genesiano da Luz – um dos bairros mais pobres de Nova Iguaçu, no Grande Rio -, podem dizer com orgulho que comem o que plantam. Desde a criação da cooperativa Univerde, integrada por 22 famílias, comprar verduras no mercado deixou de ser uma obrigação para este grupo de mulheres que aprenderam a extrair alimentos da terra mesmo na cidade. O solo não é fértil como o da Região Serrana, que abastece os mercados da cidade, mas os resultados são motivo de muita alegria.
“É maravilhoso ver sua produção na horta, levar tudo fresquinho para casa e dar algo saudável para seus filhos. Tanto que, quando chega a época em que a produção escasseia, não compramos fora porque hoje temos consciência de que os produtos convencionais têm muito veneno. Já não posso comer isso”, diz Joyce da Silva, uma das integrantes da cooperativa.
As hortas, de aproximadamente mil metros quadrados cada uma, estão em terrenos que eram espaço urbano não aproveitado. Debaixo deles passam dutos da Petrobras, que financiou o projeto em seu início, em 2007. Quando acabou o financiamento, muitas das mais de 50 famílias participantes abandonaram a iniciativa por falta de recursos.
Mas um grupo de mulheres decidiu seguir contra o vento e a maré: não tinham recursos, ferramentas nem transporte, por exemplo, para levar as sementes e distribuir os produtos nas feiras onde os vendem. No entanto, decidiram que não renunciariam à independência conquistada. “Antes da cooperativa, só cuidava da casa. Depois, passei a ter minha independência econômica. Outra independência é a saúde que conquistei para minha família. E também a melhoria de vida. minha casa melhorou”, disse Joyce.
O Programa de Agricultura Urbana, que agora dá assistência a estas mulheres, foi criado em 1999 e ampliado para a atividade periurbana em 2011 pela AS-PTA (Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa) – Agricultura Familiar e Agroecologia, uma organização não governamental que promove este tipo de produção familiar e agroecológica. Este Programa busca aumentar a geração de renda de agricultores familiares periurbanos na região metropolitana do Rio de Janeiro.
O Programa possui um total de 650 beneficiados em comunidades pobres situadas também nos municípios de Queimados, Magé e no Rio de Janeiro. Esses agricultores não usam produtos químicos. Tanto os adubos como os pesticidas são caseiros e não tóxicos. A maioria dos alimentos consumidos na cidade chega de longe e tem os custos adicionais do transporte, que os encarecem, explica o coordenador do Programa, Márcio Mattos de Mendonça. “As pessoas que vivem nas comunidades necessitam do alimento próximo. Muitas vezes as hortaliças ficam fora do cardápio e são priorizados outros alimentos que não são saudáveis”, acrescentou.
O Programa de Agricultura Urbana, que agora dá assistência a estas mulheres, foi criado em 1999 e ampliado para a atividade periurbana em 2011 pela AS-PTA (Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa) – Agricultura Familiar e Agroecologia, uma organização não governamental que promove este tipo de produção familiar e agroecológica.

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