Convênio repassa R$ 3,3 milhões para a Cadeia Solidária Binacional do PET
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Um convênio que prevê o repasse de recursos no valor de R$ 3.377.919,50 para incrementar a Cadeia Solidária Binacional do PET foi assinado, nesta quarta-feira (16). Deste total, o Estado assumirá, a título de contrapartida financeira, o valor de R$ 377.919,60. Numa primeira etapa, a cadeia binacional terá quatro polos de beneficiamento do produto no Rio Grande do Sul, localizados em Canoas, Jaguarão, Novo Hamburgo e Santa Cruz do Sul, que concentrarão as coletas feitas por recicladores gaúchos
O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe) e o Ministério do Trabalho e Emprego, através da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), assinaram o convênio. Pelo acordo, serão destinados recursos para a aquisição de máquinas e equipamentos para a implantação dos polos de beneficiamento de matérias-primas reutilizáveis ou recicláveis.
O titular da Sesampe, Maurício Dziedricki, disse que o governador Tarso Genro é o maior entusiasta da construção da cadeia do PET, que teve início com a missão de intercâmbio do governo do Rio Grande do Sul ao Uruguai, em fevereiro de 2011, quando foi assinada uma proposta de formalização do termo de cooperação internacional. Enfatizou também que se trata de um arranjo produtivo que procura desenvolver as pessoas e valorizar o esforço de cada integrante dos segmentos envolvidos.
O vice-governador, Beto Grill, ressaltou que a cadeia do PET, por ser binacional, é a materialização de uma experiência inédita e um marco para outras iniciativas. "É um projeto simples, que institui um novo modo de produção, e que transforma a vida das pessoas envolvidas em todo o processo da cadeia produtiva", acentuou.
Apresentação de estudos de custos
A assinatura do convênio ocorreu durante encontro, promovido pelo Departamento de Incentivo e Fomento à Economia Solidária (Difesol), da Sesampe, no Hotel Ritter, em Porto Alegre. No evento, foram apresentados estudos de custos e a situação de cada etapa da cadeia: garrafa PET prensada, transformação em flake, fibra, fio e tecido.

A diretora do Difesol, Nelsa Fabian Nespolo, coordenou as atividades das jornadas de trabalho, nos dias 15 e 16, com os integrantes dos segmentos envolvidos na cadeia do PET, abrangendo os catadores, as cooperativas de recicladores, os dirigentes da Cooperativa Industrial Maragata (Coopima), de San José (Uruguai), e da Cooperativa de Produção Têxtil (Coopertêxtil), de Pará de Minas, Minas Gerais. A cadeia PET permitrá aos trabalhadores um incremento de 50% nos seus ganhos, hoje entre um e três salários mínimos. Atuam na coleta do PET, no Rio Grande do Sul, 200 cooperativas e cerca de 40 mil catadores.
Da coleta da garrafa ao tecido ecológico
O projeto da cadeia PET estimula a participação da sociedade e da administração pública estadual na definição de políticas de economia solidária, e prevê que as garrafas PET sejam coletadas e transformadas em flakes com apoio do governo. Após este trabalho, o material é enviado para a Coopima. A organização uruguaia é a responsável pela produzição de fibras sintéticas a partir da matéria-prima enviada pelas associações e cooperativas brasileiras.
Em Minas Gerais, a Coopertêxtil será responsável pelo processo de fiação e tecelagem, transformando a fibra sintética em tecido ecológico, que será comercializado como produto final. A cooperativa também dará continuidade à cadeia no Brasil, enviando o tecido para as cooperativas e associações de costureiras do Rio Grande do Sul, que irão, com esse tecido, confeccionar sacolas, camisetas e outros artigos.

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