Brasil-EUA mantém boas relações em óleo e gás
A indústria
brasileira de petróleo e gás é a principal contribuidora das
exportações dos Estados Unidos. No ano passado, as exportações
bilaterais dos EUA ultrapassaram US$ 2,1 trilhões. A afirmação foi dada
ontem (30/04) pelo subsecretário de comércio dos EUA, Francisco
Sanchez durante almoço-palestra na OTC. Magda Chambriad, diretora geral
da Agência Brasileira de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, também
participou da confraternização onde discursou sobre a regulação
brasileira do setor.
"Em
2011, chegamos ao recorde de US$ 75 bilhões em exportações para o
Brasil", afirmou Sanchez. Segundo ele, o Brasil é a sexta maior
economia do mundo e a indústria de óleo e gás que tem crescido mais
rápido. "Vemos o comércio do Brasil como economia prioritária. Além
disso, o Brasil é parte integrante da iniciativa do presidente Obama de
exportação nacional ", pontua.
Sanchez,
por sua vez, disse que a parceria entre EUA e Brasil é extremamente
benéfica para ambos os países, que são atualmente as duas maiores
economias do Hemisfério Ocidental. "O Brasil cria empregos para nossa
sociedade e nós também os ajudamos a cumprir suas metas para o futuro",
indicou.
O
subsecretário fez um panorama sobre o regime regulatório brasileiro, e
enfatizou o crescimento rápido e contínuo de petróleo e gás no país.
Magda Chambriad, diretora geral da Agência Brasileira de Petróleo, Gás
e Biocombustíveis (ANP), sugeriu que as exportações continuarão a
crescer exponencialmente. "O Brasil hoje representa 25% da produção
mundial de petróleo, e com as novas reservas do pré-sal esse número
deve aumentar significativamente".
Magda disse que o Brasil estima o mínimo de 15 bilhões de barris de reservas provadas na área do pré-sal, mas as previsões já cima de 30 bilhões de barris de reservas recuperáveis. Hoje, ela indicou que o país está produzindo 2,2 milhões bpd e 65,9 MM de gás, todos produzidos a partir das 60 plataformas da Bacia de Campos.
Chambriad acrescentou que o governo brasileiro continua a exigência por incentivos principalmente destinados a promover a construção local de perfuração de plataformas, navios e o incremento da infra-estrutura portuária. Além disso, ela disse que o governo é um grande apoiador de pesquisa e desenvolvimento (P&D). "Um por cento da receita bruta dos campos é revertido em P&D. Entre 2011 e 2020, esperamos gastar até US$ 8,9 bilhões em P&D, com ênfase em recursos humanos e infra-estrutura".
Apesar
do potencial das Bacias de Campos e Santos e as reservas em águas
profundas no Brasil dominarem as notícias de petróleo e gás do mundo, a
diretora contou que o país também caminha bem no que se refere a área
onshore. A executiva informou que já foram identificadas novas
fronteiras terrestres no país, especificamente 38 bacias sedimentares.
"Uma delas é a Bacia Pareces no Mato Grosso, onde há 1.500 km de
sísmicas 2D e 2.400 amostras geomecânicas já analisadas.
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