Planejamento de longo prazo, aliando desenvolvimento e sustentabilidade. Essa é a meta que norteia as ações do Governo do Estado para a Grande Curitiba. O governador Carlos Massa Ratinho Junior determinou que a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) deixasse de ser apenas o elo responsável pela organização do transporte público nos 29 municípios vizinhos à capital para ganhar protagonismo e passar a pensar a região para as próximas décadas. Hoje são aproximadamente 4 milhões de habitantes. “A Região Metropolitana cresceu muito nos últimos anos, mas sem planejamento e apoio do Governo do Estado. Queremos pensá-la e prepará-la para os próximos 10, 20, 30 anos, por isso a Comec investe na formação de equipe com engenheiros, arquitetos e urbanistas”, afirma o governador. O presidente da Comec, Gilson Santos, explica que o órgão aposta em dois pontos centrais, que nortearão as ações técnicas: a elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) da RMC, atendendo ao Estatuto da Metrópole (Lei Federal nº 13.089/2015), e a criação de um novo contorno rodoviário nos arredores de Curitiba. “A Comec passa a ser um grande ponto de apoio aos municípios, buscando sempre o desenvolvimento sustentável”, diz. OBRAS – São cinco propostas prioritárias, sendo que quatro delas fazem parte do grande pacote de projetos executivos que o Governo vai lançar ainda neste mês. Uma dessas ações é a criação de uma nova rodovia, um trecho da PR-423, ligando o trevo da entrada de Araucária, na BR-476, à divisa de Curitiba com a Fazenda Rio Grande, na BR-116. O projeto avaliado em R$ 200 milhões prevê ainda ciclovias e duas trincheiras para desafogar o trânsito em duas áreas populosas da Região Sul da capital, no bairro Campo do Santana. “A previsão é que a rodovia tire 30% do tráfego pesado dos bairros”, explica Santos. Além disso, dentro do banco de projetos estão previstas a duplicação de outro trecho da PR-423, entre Araucária e Campo Largo, e da PR-418, ligando Almirante Tamandaré à BR-277, área com grande número de acidentes dentro da RMC. Há também uma parceria em andamento entre o Governo e a Prefeitura de Curitiba para a ampliação do Viaduto do Orleans, na BR-277. O Estado vai preparar o projeto executivo, deixando a cargo do município a licitação e execução da obra. CONTORNO NORTE – O presidente da Comec diz que o órgão fecha os últimos detalhes para a implementação de 13 quilômetros de estrada em Colombo, fazendo com que a Rodovia da Uva chegue até a BR-116, na região de Campina Grande do Sul. A proposta tem um traçado que passa por uma faixa reservada para o Corredor Metropolitano e que já faz parte do Plano Diretor de Colombo. A construção do Contorno Norte é, por contrato, de responsabilidade da concessionária Arteris – Autopista Regis Bittencourt. O projeto está em discussão desde 2009, mas até hoje não foi possível iniciar a obra por causa da indefinição do traçado. “Chamo de força-tarefa do Contorno Norte, algo que vai desafogar o trevo do Atuba e tirar tráfego da via urbana”, explica Santos. “Estamos conversando com a concessionária para chegar a um denominador comum”, informa. Ratinho Junior destaca ainda o investimento de R$ 23 milhões em São José dos Pinhais para a revitalização completa da Avenida Rui Barbosa, com a construção de uma ponte com 30 metros de extensão sobre o Rio Pequeno, além da pavimentação e recape de ruas movimentadas que cruzam a via e do alargamento da duplicação no encontro com a BR- 277. “É um dos pontos é o estrangulamento na BR-277 com a Avenida Rui Barbosa, uma obra muito importante e que precisava ser feita. Vai resolver um problema muito sério de trânsito, diminuir o número de acidentes naquela região”, diz o governador. SUSTENTABILIDADE – Ainda na área de projetos estruturantes, a Comec trabalha na revisão de quatro projetos de parques nos municípios de Piraquara, Pinhais, São José dos Pinhais e Araucária. Eles terão a função de preservar o meio ambiente, recuperar a vegetação nativa, lazer e melhoria da qualidade hídrica, além de redução dos riscos de inundações na região. PLANO DIRETOR – Santos explica, ainda, que dentro do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da RMC, mapa que definirá o planejamento para a região, está previsto o apoio para que os municípios preparem ou atualizem os seus próprios planos diretores. “Muitas cidades não têm técnicos disponíveis, por isso a Comec se encarregará de ser um facilitador e agregador das ações.” (BOX 1) RMC ganha novos ônibus e linhas de transporte O Governador Carlos Massa Ratinho Junior entrega nesta quarta-feira (21), às 17 horas, no Palácio Iguaçu, em Curitiba, 17 novos ônibus que serão utilizados para o transporte coletivo metropolitano. O investimento por parte das empresas responsáveis pelas linhas é de R$ 10,5 milhões, atendendo as cidades de Pinhais, Colombo, Almirante Tamandaré, Campo Largo, Piraquara, Quatro Barras, Campina Grande do Sul, Itaperuçu e Rio Branco do Sul. Doze veículos serão do modelo ligeirinho e farão o atendimento da linha 304 Pinhais/Campo Comprido, em Curitiba. Outros cinco, modelo articulado, reforçarão a linha S01 – Roça Grande/Guadalupe e S31 – Roça Grande/Santa Cândida. Desde o início do ano já foram 41 veículos entregues para o transporte coletivo da RMC. Em março, 15 novos carros encorporaram o atendimento entre os municípios de Pinhais e Curitiba. E outros nove reforçaram a rota entre Colombo e Curitiba. De acordo com a Comec, até o fim do ano outros 24 veículos deverão ser entregues aos municípios de Almirante Tamandaré, Campo Largo, Piraquara, Quatro Barras, Campina Grande do Sul, Itaperuçu e Rio Branco do Sul, totalizando 65 novos ônibus. LINHAS – Além disso, a RMC ganhou novas linhas de ônibus, ampliando a oferta para a população. Entre as novidades estão a Linha Tupy/Juliana, unindo Araucária ao terminal do Pinheirinho, em Curitiba; a Pinhais/Centenário, que permite a integração entre os terminais de Pinhais e o Centenário, na capital; a ampliação da S14-Ana Rosa, ligação entre o bairro e o Terminal Roça Grande; a Tubo Ferrari/Hospital do Rocio, que permite a ligação ao Hospital, em Campo Largo, saindo da Estação Tubo Ferrari. Antes da nova linha, era necessário descer na Estação Tubo Ferrari e seguir a pé, percorrendo uma distância de aproximadamente 2,1 quilômetros; e a extensão da linha O31 - Quatro Barras/Santa Cândida para atender o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul. Desta forma, usuários de toda a rede que desejam ir até o hospital pagam apenas uma tarifa, partindo do Terminal do Santa Cândida, em Curitiba, passando pelo Terminal de Quatro Barras e na sequência chegando até o hospital. O Angelina Caron realiza cerca de 3 mil atendimentos por dia, 90% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). VALORES MENORES – O Governo do Estado garantiu com o subsídio de R$ 150 milhões a tarifa social de R$ 4,50 para capital e linhas integradas das cidades vizinhas, e valores menores no transporte metropolitano, dividido em três anéis. Para a RMC, a Comec estabeleceu reajuste médio de 3,7% nas tarifas do transporte metropolitano, abaixo da inflação dos últimos 12 meses (6,7%, pelo IPCA). O primeiro anel, formado pelas cidades vizinhas à Capital (Almirante Tamandaré, Araucária, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Fazenda Rio Grande, Pinhais e São José dos Pinhais), terá tarifa de R$ 4,50. No segundo (Balsa Nova, Campina Grande do Sul, Itaperuçu, Piraquara, Quatro Barras e Rio Branco do Sul), as passagens variam de R$ 4,50 a R$ 4,75. No terceiro, que engloba cidades mais distantes de Curitiba, houve congelamento de preço entre R$ 4,90 e R$ 6,50. CONFIRA AQUI O MAPA DAS NOVAS LINHAS DE ÔNIBUS. (BOX 2) Ciclorrota Nascentes do Iguaçu é inaugurada em Pinhais A cidade de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), ganhou no domingo (18) a Ciclorrota Nascentes do Iguaçu. O evento de estreia contou com a participação de milhares de ciclistas que seguiram em uma pedalada de 42 km passando pelos municípios integrantes do circuito – além de Pinhais, Piraquara e Quatro Barras. A Ciclorrota Nascentes contou com o apoio do Governo do Estado, por meio da Comec. De acordo com o diretor de comunicação da Prefeitura de Pinhais, Márcio Mainardes, o objetivo, além de criar uma nova opção de lazer e esporte, é fomentar a economia e a cultura local. "Temos uma junção histórica das cidades, coom natureza abundante e muita cultura. Os turistas vão encontrar coisas maravilhosas por aqui”, destacou. O presidente da Comec, Gilson Santos, revelou a vontade de replicá-lo a outras cidades da Região Metropolitana. "É preciso reconhecer o belíssimo trabalho que os três municípios realizaram neste projeto, que queremos levar para outras regiões”, afirmou. A ciclorrota Nascentes do Iguaçu tem 259 km de extensão, passando pelos municípios de Pinhais, Piraquara e Quatro Barras, mas que é dividida em 14 rotas temáticas menores, que variam de 5,9 km a 42,1 km. Entre elas, os visitantes poderão escolher entre a Rota Cervejeira, a Rota das Montanhas, a Rota do Parque das Águas, Graciosa Mata Atlântica, entre outras. Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em: http:///www.facebook.com/governoparana e www.pr.gov.br Planejamento de longo prazo, aliando desenvolvimento e sustentabilidade. Essa é a meta que norteia as ações do Governo do Estado para a Grande Curitiba. O governador Carlos Massa Ratinho Junior determinou que a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) deixasse de ser apenas o elo responsável pela organização do transporte público nos 29 municípios vizinhos à capital para ganhar protagonismo e passar a pensar a região para as próximas décadas. Cidade de Araucária. Foto: José Fernando Ogura/AEN
Usar o celular como aliado no combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti. Essa foi a proposta feita aos alunos da quarta série do Curso Técnico em Informática integrado ao Ensino Médio do Colégio Estadual Malvino de Oliveira, em Porecatu (Norte).
Desde o início do ano, cerca de 25 estudantes, orientados pelo professor de Informática Carlos Eduardo Ortega, vêm mapeando, por meio de um aplicativo gratuito já existente, focos de criação do inseto. Segundo o docente, a ideia foi unir a tecnologia ao trabalho de conscientização e combate ao mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
A iniciativa foi bem recebida e aprovada pela turma, que se empolgou com a possibilidade de aprender um conteúdo didático, –neste caso a respeito do Aedes aegypti, de forma prática e ainda contribuir para o bem-estar da comunidade. Com o aplicativo instalado nos celulares, os estudantes passaram a fazer o georreferenciamento de focos encontrados. Além disso, produziram armadilhas caseiras, lançando mão de itens como lixas, fita isolante, garrafa pet e microtule.
“Eu fiz o contato com os alunos e eles gostaram da ideia de utilizar o aplicativo e criar as armadilhas. Então, começamos a fazer esse trabalho de conscientização””, conta Ortega.
Com os focos de criação do mosquito registrados, os alunos criaram cerca de 40 armadilhas que foram distribuídas pela cidade e mapearam os locais dos criadouros para fazer o acompanhamento.
INICIATIVA AMPLIADA –- A equipe vem participando de feiras para divulgar o trabalho. O próximo passo é ampliar o projeto para as escolas municipais da região. Também deve ser firmada uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, a fim de refinar as estatísticas municipais sobre o Aedes aegypti.
O estudante Lucas Tenan, do último ano do Curso Técnico em Informática, é um dos participantes. Ele, que já teve dengue, sabe da importância da prevenção e abraçou a ideia logo no início. Tenan espalhou três armadilhas no quintal de casa. Além de ajudar no cuidado com a saúde, o estudante diz que a proposta expande o processo de aprendizagem dos alunos.
““Eu achei a iniciativa muito boa, principalmente porque ajuda a conscientizar as pessoas da cidade. Tem sido um trabalho bem diferenciado, já que o aluno aprende coisas para a vida inteira. Deu tão certo que eu indiquei para vários conhecidos””, avalia o jovem de 18 anos.
Comentários
Postar um comentário