Livro analisa modelo proibicionista da repressão às drogas e propõe rumos alternativos
O advogado André Luis Pontarolli faz uma abordagem jurídica e penal e faz proposições para formulação e execução de políticas sociais públicas específicas. Lançamento da obra será no dia 18 de setembro, na Livraria da Vila, em Curitiba
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A partir do argumento da falência da política nacional de repressão aos entorpecentes, o advogado e professor de Direito Penal e Criminologia André Luis Pontarolli escreveu o livro “Drogas: crise paradigmática e alternativas ao modelo proibicionista”. O lançamento está marcado para dia 18 de setembro, na Livraria da Vila, em Curitiba. Publicada pela Editora Lumen Juris, a obra tem apresentação do professor André Peixoto de Souza, doutor em Direito pela Universidade Federal do Paraná, e prefácio assinado pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, doutor em Direito Mário Luiz Ramidoff. O livro é fruto da dissertação de mestrado em Direito de Pontarolli apresentada para o Programa de Pós-Graduação em Direito do Centro Universitário Internacional – Uninter, e traz uma análise crítica transdisciplinar do paradigma repressivo de “guerra às drogas” e, com base na constatação de crise (criminológica, pragmática e dogmática) deste modelo proibicionista, aborda os modelos alternativos. A tese teve como orientador o professor Mário Ramidoff e a banca foi composta e composta por André Peixoto de Souza, Luiz Osório Panza e Celso Ludwig. O autor analisa o tratamento jurídico-legal das drogas, no âmbito internacional e nacional; identifica a crise do paradigma modelo proibicionista; destaca as tendências contemporâneas da legitimação, autorização e justificação do modelo central adotado pela dogmática jurídico-penal; e faz proposições acerca da descriminalização, despenalização, tratamento adequado e ainda de questões relacionadas a drogas, por meio da formulação e execução de políticas sociais públicas específicas, como, por exemplo, redução de danos, justiça restaurativa e justiça terapêutica. Controvérsias De acordo com o autor, em mais de cem anos de guerra às drogas, a demanda continua em expansão, o narcotráfico se mostra cada vez mais poderoso, a população carcerária se inflacionou e os usuários se mantêm distantes do acesso à saúde, em virtude do estigma e do medo da repressão. “Em paralelo, as pessoas continuam a consumir, com o aval do Estado, uma grande variedade de drogas psicotrópicas, a exemplo de tabaco, álcool, antidepressivos, cafeína etc.”, observa. Para Pontarolli, a criminalização é de todo controvertida, pois envolve escolha individual que – por si – não atinge a esfera jurídica alheia, de forma que o controle penal confronta a pessoa não por seu comportamento lesivo, mas sim pela escolha “moralmente” censurável. Portanto, analisa o advogado, neste contexto repressivo, de racionalidade questionável, a compreensão crítica – e não meramente descritiva – do modelo proibicionista de guerra às drogas revela-se como objeto de pesquisa relevante e plenamente justificado. Na apresentação, o professor André Peixoto de Souza observa que o debate proposto no livro é atual e relevante, “especialmente num momento de grandes retrocessos no cenário nacional da política de drogas, passando de uma política de redução de danos, mundialmente aplicada, para uma de abstinência, a qual se sabe inexequível”, comenta. Para ele, a obra subtrai o leitor do lugar comum para que ele entenda que o conceito de droga é amplo e seu uso é contínuo na sociedade, figurando as drogas ilícitas muitas vezes em posições de menor potencial ofensivo no que tange ao dano causado ao usuário – como, por exemplo, a maconha em relação ao tabaco e álcool, segundo classificação da Organização Mundial da Saúde - OMS. Mudanças O professor defende mudanças não no intuito de que se advogue a favor do uso de entorpecentes, mas de que se jogue luz sobre os problemas causados pela criminalização, como o encarceramento dos que vivem à margem da sociedade. “Políticas que eduquem quanto ao não uso e políticas de tratamento para usuários devem estar alinhadas a políticas que combatam o tráfico, a violência, a criminalização e façam o controle das substâncias comercializadas”, ressalta. Para o desembargador Mário Luiz Ramidoff, o livro de Pontarolli oferece “a possibilidade de uma (re)visão crítico-reflexiva, não meramente objetivo-dedutiva do tratamento jurídico sobre drogas; através mesmo da análise crítica acerca da dogmática jurídico-penal, de viés proibicionista e de sua (in)consequente (socialmente) crise resolutivo-eficientista”, escreveu. A obra discute os processos de criminalização da “droga”, os quais ultrapassam e muito o âmbito exclusivamente jurídico-penal. “O objetivo do livro é o de (re)visitar os fundamentos da decisão judicial que se propõe a oferecer (re)solução, cada vez mais, adequada, à cada uma das questões relacionadas às “drogas”, através da adoção de medidas legais – destacadamente, que, não sejam apenas de cunho repressivo-punitivo”, completa. O autor: André Luis Pontarolli - advogado criminal e professor de Direito Penal e Criminologia do Centro Universitário UNIOPET/PR e de diversos cursos de especialização, mestre em Direito pelo Centro Universitário Internacional - Uninter, especialista em Direito Criminal pela Faculdade de Direito de Curitiba e membro da Comissão de Políticas sobre Drogas da OAB Paraná. O livro: “Drogas: crise paradigmática e alternativas ao modelo proibicionista”, de André Luis Pontarolli, Editora Lumen Juris, 204 páginas Serviço Lançamento do livro “Drogas: crise paradigmática e alternativas ao modelo proibicionista” ia: 18 de setembro, quarta-feira, das 18h30 às 21h30 Local: Livraria da Vila – Avenida do Batel, 1868 – Shopping Pátio Batel, Curitiba – PR |
Prefeito de Cruzeiro do Sul destaca importância das parcerias com o governo para o povo do município
Durante o ano de 2021, o governo do Estado e a Prefeitura de Cruzeiro do Sul trabalharam em conjunto em várias frentes. Na saúde, na educação, na produção rural e na infraestrutura foram realizadas várias parcerias que beneficiaram diretamente milhares de moradores do município. O prefeito Zequinha Lima ressaltou a importância da integração das ações entre a sua gestão e o governo, tendo como objetivo o bem estar social dos cruzeirenses. Prefeito Zequinha Lima, ao lado do governador Gladson Cameli, ressalta a importância da integração das ações entre a sua gestão e o governo Foto: Cedida. “O governador Gladson Cameli tem batalhado muito para melhorar a vida de todos os acreanos. Ele não olha de maneira especial apenas para os prefeitos do partido dele, mas tem ajudado todos os gestores municipais. Essas parcerias foram essenciais para as prefeituras que dispõem de recursos insuficientes para dar uma resposta satisfatória às suas populações”, afirmou o prefeito de Cruzeiro do Sul....
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