Estudantes visitam exposição fotográfica sobre trabalho decente em Brasília

por ONU Brasil
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As estudantes do ensino médio Jucilene Sousa, de 16 anos, Kauane de Castro, de 17, e Micaline Maria, de 17, pararam diante da fotografia de uma mulher segurando em mãos o poema “Para Sempre”, de Carlos Drummond de Andrade. Juntas, leram cada frase da obra iniciada pela pergunta: “por que Deus permite que as mães vão-se embora?”.
Curiosas, imaginaram o cotidiano dessa mulher e de outros tantos rostos retratados na exposição "Os caminhos da igualdade e o trabalho decente: uma mostra dos resultados do Projeto de Promoção do Trabalho Decente para Pessoas em Situação de Vulnerabilidade", inaugurada no Espaço Cultura Renato Russo, em Brasília (DF).
Estudantes do Centro de Ensino Médio São Francisco — escola pública localizada em São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal — as jovens observaram as imagens feitas pelo fotógrafo humanitário irlandês Jason Lowe, que mergulhou nos bastidores de projetos desenvolvidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em diversos estados brasileiros.
“Sinto que esse trabalho valoriza as pessoas e mostra a felicidades delas em viver suas experiências”, disse Jucilene.
“Minha família é do interior da Bahia e pude ver a realidade dessas pessoas que costumam ser esquecidas”, complementou Kauane.
Os 30 estudantes se deslocaram de ônibus para visitar a exposição, como parte de um programa de mediação cultural para alunos de escolas dos ensinos fundamental e médio, promovido pelo Centro Cultural.
A estudante Juliana Carmina, de 17, disse ter ficado impressionada com o fato de pessoas negras serem retratadas nas fotos de Jason Lowe. “Desde que cheguei me chamou a atenção o povo negro ser protagonista de uma exposição em Brasília”, disse ela.
Mediadoras culturais debateram com os alunos os temas propostos pela exposição e o papel da OIT e do MPT no fomento de políticas públicas voltadas para populações em situação de vulnerabilidade, como transexuais, pessoas em situação de rua, quilombolas, população negra de baixa escolaridade e pessoas em cárcere.
“Eles (os alunos) estão no terceiro ano e prestes a conviver com a realidade de trabalho. A mostra fotográfica aproxima esse debate a uma discussões que muitos desconhecem”, disse Fabíola Lima, professora de artes que acompanhou a turma.
Aberta em 8 de agosto com a presença de representantes de OIT, MPT e de projetos parceiros, a mostra já foi vista por mais de 1,2 mil pessoas até o encerramento do primeiro ciclo de divulgação, 18 de agosto. A exposição faz parte das comemorações no Brasil do centenário da OIT, lembrado em 2019.

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