OPAS apresenta em Belo Horizonte perspectivas para eliminação da malária nas Américas

por ONU Brasil
Instalação de mosquiteiros é uma das iniciativas de prevenção e controle da malária. Foto: Governo do Estado do Acre/Secom/Angela Peres
Instalação de mosquiteiros é uma das iniciativas de prevenção e controle da malária. Foto: Governo do Estado do Acre/Secom/Angela Peres
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apresentou nesta quarta-feira (31), no município de Belo Horizonte (MG), as perspectivas para eliminação da malária nas Américas. A palestra foi dada no último dia do MEDTROP-PARASITO 2019, evento de medicina tropical que reuniu pesquisadores, cientistas, profissionais de saúde e estudantes.
“A maneira mais efetiva de eliminar e reduzir a malária no continente é intensificar as ações coordenadas nos municípios com maior carga, mas de uma forma intersetorial. Essa doença não deve ser considerada sob responsabilidade somente no setor de saúde. É importante trabalhar também, por exemplo, em parceria com áreas de educação, saneamento, moradia”, afirmou Sheila Rodovalho, consultora de malária da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Contraída por meio da picada de um mosquito infectado, a malária continua sendo uma das principais causas de mortes no mundo, com a estimativa de 219 milhões de casos e mais de 400 mil mortes relacionadas à doença em 2017. Aproximadamente 60% das mortes ocorrem entre crianças com menos de 5 anos.
Em maio de 2019, Argélia e Argentina foram oficialmente reconhecidas pela OMS como livres da malária. A certificação é concedida quando um país prova que interrompeu a transmissão autóctone da doença por pelo menos três anos consecutivos. Ao todo, 38 países e territórios já foram declarados livres da malária.
De acordo com a consultora, os principais fatores relacionados à transmissão dessa enfermidade nas Américas são atividades agrícolas (banana, açúcar, óleos de palmeiras); intensificação de outras atividades econômicas (pesca, castanha, açaí, construções); migração em busca de trabalho; conflitos de terra, atividades ilegais, migração urbana; pobreza, populações em condições de vulnerabilidade; e investimentos públicos e privados com pouco manejo ambiental.
“Todos os países podem acelerar os esforços para a eliminação através de combinações de intervenções adaptadas aos contextos locais. A apropriação e liderança do país, com envolvimento e participação das comunidades, são essenciais para acelerar o progresso”, destacou.
Para ela, é necessário melhorar a vigilância, o monitoramento e a avaliação, bem como a estratificação pela carga da malária. “Cada caso deve ser confirmado, tratado oportunamente e investigado, sendo necessário identificar se é importado ou autóctone (contraído localmente) e qual a extensão”.

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