UNICEF alerta para necessidade de proteger crianças sudanesas em meio a protestos

por ONU Brasil
Pessoas internamente deslocadas pelo conflito retornam para casa em 2011 após mais de sete anos em um campo de refugiados em Aramba, norte de Darfur. Foto: UNAMID/Albert Gonzalez Farran
Pessoas internamente deslocadas pelo conflito retornam para casa em 2011 após mais de sete anos em um campo de refugiados em Aramba, norte de Darfur. Foto: UNAMID/Albert Gonzalez Farran

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou na terça-feira (23) para a necessidade de proteger as crianças no Sudão, após um mês de protestos massivos contra o governo, fortemente reprimidos pelas autoridades sudanesas.
“Crianças teriam sido mortas em turbulências que aconteceram no mês passado no Sudão”, disse o diretor regional do UNICEF para o Oriente Médio e o Norte da África, Geert Cappelaere, destacando que “diversas crianças também ficaram feridas e outras foram detidas”.
Em meio a um cenário de “aumento sem precedentes no custo de vida e escassez de pão e combustível”, ele afirmou que a pobreza aumentou no país, “forçando algumas famílias a adotarem medidas negativas, como tirar seus filhos da escola”.
Destacando relatos recebidos, o UNICEF revelou que houve um pequeno aumento no número de crianças sudanesas que agora precisam de assistência de saúde e nutricional, desde que os protestos contra o governo começaram.
“Embora seja difícil para o UNICEF verificar estes relatos, crianças precisam ser protegidas em todos os momentos de todas as formas de violências, danos, crueldades e maus-tratos, sejam físicos ou mentais”, destacou Cappelaere.
“O UNICEF pede para autoridades no Sudão priorizarem a proteção de crianças e salvaguardarem seus direitos à educação e à saúde, seguindo a Convenção sobre os Direitos da Criança”, concluiu o diretor regional do UNICEF.
Segundo a imprensa internacional, manifestações contra a crise econômica acontecem quase diariamente no país desde 19 de dezembro. Grandes multidões, incluindo adolescentes e manifestantes na faixa dos 20 anos, pedem fim do regime de 30 anos do presidente Omar al-Bashir.
Houve relatos de manifestantes atingidos por bombas de gás lacrimogêneo e tiros; milhares foram detidos. A chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, expressou preocupação nesta quinta-feira (17) com uso “excessivo de força”.
Uma repressão do governo contra jornalistas que cobrem as manifestações também está acontecendo, segundo relatos.

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