Porto de Paranaguá se especializa na movimentação de cargas especiais
APPA -
O
Porto de Paranaguá está, cada vez mais, movimentando equipamentos de
grande porte em sua área primária. Nos últimos meses foram recebidas
peças destinadas a diferentes projetos. Até meados de 2012, o porto
receberá cerca de 30 mil toneladas em peças para a construção da maior
fábrica de celulose do mundo, que esta sendo feita em Três Lagoas (MS),
da Eldorado Papel e Celulose, bem como peças da nova unidade da Arauco
do Brasil, que está sendo instalada em Jaguaraíva, no Paraná.
Esse
tipo de operação portuária é caracterizada como uma operação especial.
Exige definição prévia do berço de atracação, de acordo com o espaço
disponível para manobrar as cargas e a capacidade do piso, além da
logística para saída do terminal.
“A
facilidade de atracação, o calado, o tamanho de cais e a capacidade do
piso são fundamentais para receber peças com esse porte diferenciado.
Poucos portos no país oferecem as condições disponíveis em Paranaguá
para estas operações”, afirma o superintendente da Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina, Airton Maron. “Temos feito um grande
esforço para divulgar essa capacidade de infraestrutura e, ao mesmo
tempo, oferecer novas facilidades aos operadores”, diz.
Estrutura
O
porto está concluindo uma licitação para construção de um portão
especial, com largura e capacidade de manobra facilitadas para esse
tipo de peças, destinadas a grandes projetos. Em outra frente de
trabalho, será preparada uma nova área, fora da zona primária do porto,
para armazenagem de peças de grande porte.
O
acesso do Porto de Paranaguá para outras regiões (reta única para sair
da cidade e ter acesso a rodovias, sem passar no meio de outras cidades
para chegar a outros estados) é considerado um dos melhores do país,
mas o esforço da administração do porto para facilitar a movimentação
de cargas é reconhecido pelos operadores portuários.
“Um
dos principais fatores facilitadores em Paranaguá é o acesso à
autoridade portuária. Hoje existe acesso fácil e somos atendidos
rapidamente para fazer a programação dos navios, obter autorização de
entrada e saída e a alocação de espaço para equipamentos”, afirma
Manuel J.H. Rosa Jr, gerente operacional da TWJM, operadora logística
que trabalha com cargas especiais em Paranaguá.
O
operador destaca ainda a qualidade da mão-de-obra dos trabalhadores
avulsos empregados pelas operadoras parceiras dos projetos, que são
várias. “São diversas empresas e todas estão capacitadas para atuar
nesses projetos. Paranaguá também é um dos terminais que mais oferece
facilidades operacionais com a mão-de-obra, sem atrito com sindicatos”,
explica.
A
inexistência de obrigatoriedade na contratação de operadores de cargas
é outro fator facilitador para as operações em Paranaguá, dando maior
maleabilidade no preço e na gestão da operação. “Além disso, Paranaguá
tem uma das taxas mais baixas do país e ainda oferece 15 dias de
free-time para contêineres, o que incentiva que a carga seja
movimentada rapidamente, em vez de ficar armazenada”, afirma o operador.
Já
passaram por Paranaguá também as peças para a ampliação da fábrica da
Incepa, em São Mateus do Sul (PR), e para a construção de moinhos de
cimento em uma unidade da Votorantin em Rio Branco do Sul (PR). Fora
isso, todo o equipamento usado na implantação de uma fábrica de papel
da Klabin, em Telêmaco Borba (PR), também chegou por Paranaguá.
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