Sarney recebe de Celso Amorim informações sobre política e estratégia de Defesa
Elina Rodrigues Pozzebom
O Livro Branco traz os principais projetos das Forças Armadas e um resumo dos objetivos da pasta. Por meio do documento, é garantida transparência à informação sobre o setor de defesa do país, com o acompanhamento do orçamento e do planejamento plurianual relativos ao setor.
A PDN estabelece diretrizes para o preparo e o emprego dos recursos nacionais, em caso de ameaças externas, com o envolvimento dos setores militar e civil. Já a END estabelece formas de alcançar os objetivos preconizados na Política de Defesa.
– Os dois primeiros são documentos que, depois do debate, serão normativos, provavelmente aprovados por decreto, mas a presidente [Dilma Rousseff] quis que houvesse um debate antes no Congresso. Já o Livro Branco é um livro para transparência, não será objeto de decreto ou qualquer outro ato legal, a princípio, embora dali possam surgir outras ideias – explicou Celso Amorim.
A entrega dos documentos segue o previsto na Lei Complementar 136/2010, que trata das normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas. O texto diz que cabe ao Poder Executivo encaminhar o LBDN, a PND e a END para apreciação no Congresso Nacional, na primeira metade da sessão legislativa ordinária e de quatro em quatro anos, a partir de 2012. É, portanto, a primeira vez que as propostas são encaminhadas ao Parlamento.
Orçamento
Em relação a escassez de recursos orçamentários, Celso Amorim afirmou
que não se trata de dificuldade exclusiva do seu ministério, já que as
demandas são grandes.– Mas acho que dentro desse contexto de dificuldades temos recebido recursos que têm permitido que as Forças Armadas cumpram sua função – disse.
O ministro lembrou ainda que, embora as dificuldades sejam grandes em relação a equipamentos e outros aspectos, a presidente Dilma previu no Programa de Aceleração do Crescimento – Equipamentos a aquisição de veículos de transporte, blindados Guarani e lançadores de mísseis Astro.
Segundo Amorim, há uma consciência crescente de que a Defesa também é importante para a própria economia nacional.
– Em momentos de dificuldade, com demanda fraca, a indústria de Defesa, justamente porque se baseia na demanda do Estado, amortece a crise e incentiva a pesquisa e o desenvolvimento. As grandes inovações no mundo, da internet à aviação, foram feitas em áreas em que a necessidade de defesa, de militares e civis, andaram juntas – avaliou.
Agência Senado
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