Divulgação Alessandra Dutra acompanha a Seleção desde 2009 |
Divulgação Psicóloga é uma das responsáveis pela união do grupo |
Rotina de trabalho emocional é essencial para a Seleção Brasileira Feminina de Handebol
Equipe conta com acompanhamento permanente da profissional Alessandra Dutra
Londres
(ING) - Duas vitórias nas duas partidas disputadas até o momento nos
Jogos Olímpicos de Londres, contra a Croácia - 24 a 23 na primeira
rodada - e contra Montenegro - 27 a 25 nesta segunda-feira (30). O
desempenho e os bons resultados da Seleção Brasileira Feminina de
Handebol durante este ciclo olímpico deve-se a muitos fatores, entre
eles, o trabalho de uma comissão técnica multidisciplinar e pronta para
orientar e atender as atletas em tudo o que for necessário. Nesse
conjunto, um dos aspectos que chama atenção é a orientação feita pela
psicóloga Alessandra Dutra. Especializada em psicologia do esporte, a
paulista auxilia a equipe em vários aspectos como o ganho de confiança,
concentração e até mesmo na hora de levantar a cabeça após um resultado
negativo "Esbarramos muito na questão do foco. Uma das coisas mais importantes é fazer com que as meninas fortaleçam o grupo. Elas precisam deixar todas as questões menores e pessoais de lado e se concentrar no conjunto. Procuramos auxilar as jogadoras a estarem mais maduras nesse sentido, conscientes de que isso trará força a elas", destacou a profissional, que acompanha a Seleção desde 2009. A pressão - muitas vezes interna - de disputar uma medalha em competições importantes e ainda mais em uma Olimpíada é outro ponto abordado. "Elas passam por situações de muita ansiedade e nervosismo nesses período. Então, transformamos a pressão ruim em uma pressão boa, que serve como motivação em busca do objetivo", explicou Alessandra.
Todos esses fatores são trabalhados de várias formas pela psicóloga, não só nos atendimentos em grupo e individual, mas também de maneiras descontraídas. Na última fase de preparação antes dos Jogos Olímpicos de Londres, quando fizeram treinamentos na Alemanha e na Holanda, cada uma das jogadoras ganhou um álbum de figurinhas para ser completado com a foto de cada um que faz parte da equipe. "Assim, nas horas vagas, elas tinham algo para desviar o pensamento da Olimpíada. Isso gerou um alvoroço dentro do grupo e uma competição saudável para ver quem completava primeiro. As figuras serviam como moeda de troca."
Além disso, cada uma delas ganhou também um livro com o tema 'A conquista olímpica', que trata, primeiramente, de como esse espírito olímpico deve ser semeado dentro de cada uma. A cartilha contém situações de jogo, exercícios de concentração, dicas sobre como tratar a partida de maneira mais comum, mesmo em momentos de decisão, e a trajetória em busca da medalha. "A conquista tem a ver com o trabalho, e o que é conquistado ninguém mais pode tirar de você", finalizou.
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