Forças Armadas também devem se preocupar com meio ambiente, diz Capiberibe
Da Redação
– É fundamental integrar as questões ecológicas e ambientais à nossa estratégia de defesa de segurança nacional – disse.
O senador informou que a França já incluiu as questões ambientais e ecológicas em suas estratégias de defesa e segurança nacional. Segundo ele, os franceses elaboraram dois relatórios sobre o assunto, um da Secretaria Geral da Defesa e da Segurança Nacional e outro de um grupo de deputados.
Os documentos tratam do impacto das mudanças climáticas na segurança e defesa nacionais.
– Os franceses constataram que há mais de 15 anos os especialistas do Pentágono imaginam as guerras de amanhã com fortes componentes ambientais e ecológicos – acrescentou.
As autoridades militares americanas, disse Capiberibe, já anteveem o crescimento de conflitos com causas ambientais, como no caso de refugiados climáticos, disputa por acesso a recursos naturais e energéticos (água, alimentos e petróleo principalmente) e degradação de biomas e ecossistemas.
– Esta última preocupação está diretamente relacionada à Amazônia, até porque, na medida em que se desmata a Amazônia, esse desmatamento irá provocar, certamente, mudanças climáticas nos Estados Unidos. A minha pergunta é se o governo americano irá ficar de braços cruzados – observou.
Para Capiberibe, é hora de o governo brasileiro e as Forças Armadas passarem a pensar as questões ambientais, com esse enfoque específico.
– Gostaria de conhecer as reflexões efetuadas pelas nossas Forças Armadas no tocante às grandes questões ecológicas: mudanças climáticas, perda de biodiversidade, esgotamento de recursos naturais e, finalmente, as poluições dos meios naturais (água, ar e solos) – disse.
Agência Senado
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