Centenário de Jorge Amado será celebrado em sessão solene
Raíssa Abreu
Além da obra que a Rede Globo exibe, numa segunda adaptação para a televisão, Jorge Amado é autor de clássicos da literatura nacional, como “Dona Flor e seus dois maridos”, “Mar morto”, “Capitães da Areia”, “A morte e a morte de Quincas Berro Dágua”, entre muitos outros.
Jorge Amado nasceu em 10 de agosto de 1912, numa fazenda de cacau no município de Itabuna, sul da Bahia, e passou a infância em Ilhéus. Publicou seu primeiro romance, “O país do carnaval”, em 1931.
Além de ser o grande contador de histórias da Bahia, Jorge Amado teve destacada participação na vida política do país. Em 1935, formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro. Militante comunista, exilou-se na Argentina no início da década de 40 e, ao regressar ao país, foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo, pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). É autor da lei que assegura a liberdade de culto religioso ainda em vigor.
Em 1945 casou-se com a também escritora Zélia Gattai, com quem permaneceu até o fim da vida (antes, em 33, havia se casado com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lila). Exilou-se na Europa até o início da década de 50, no período em que o Partido Comunista foi declarado ilegal no país.
De volta, passou a dedicar-se inteiramente à literatura e foi eleito para a cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Jorge Amado faleceu em Salvador, em 6 de agosto de 2001.
Agência Senado
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