No FST, Tarso e Dilma defendem políticas de redução da desigualdade
Como parte das atividades do Fórum Social Temático (FST) 2012, o governador Tarso Genro e a presidente Dilma Rousseff participaram nesta quinta-feira (26), no Gigantinho, na Capital, do painel "Diálogo Sociedade Civil e Governo". Com o ginásio lotado de representantes de movimentos sociais, os debatedores abordaram os rumos da economia nacional e internacional e as alternativas para reduzir a desigualdade social no mundo.O governador Tarso Genro disse que as mudanças positivas na economia brasileira ganharam força durante os oito anos de mandato do ex-presidente Lula. "Naquele período ficou comprovado que outro Brasil é possível e está sendo demonstrado também pela presidente Dilma", afirmou. Tarso destacou ainda a influência da retomada do diálogo do Estado com a União. "É possível também termos outro Rio Grande do Sul, que acolhe o FST e demonstra consciência avançada de luta contra o neoliberalismo, pela democracia, e pelo controle público do Estado", afirmou.
Tarso defendeu uma política voltada ao desenvolvimento social e à redução da desigualdade. "É possível um modelo de desenvolvimento de cima para baixo, com inclusão social, participação e trabalho", acrescentou. A presidente afirmou que o Brasil conquistou a confiança do mercado internacional, com políticas econômicas e sociais consistentes. "O Brasil hoje é outro país, ninguém pode nos tirar isso. Somos mais fortes, mais desenvolvidos e mais respeitados", enfatizou.
Além do combate à pobreza e da defesa de um modelo de desenvolvimento sustentável, Dilma criticou as medidas anunciadas pelas nações europeias para conter a crise. "As incertezas que pairam sobre a economia mundial dão uma significação especial à Rio+20. Grande parte do mundo desenvolvido busca medidas fiscais regressivas, com consequências sociais nefastas", disse, acrescentando que são receitas fracassadas.
Dilma defendeu as medidas implementadas pelo Governo brasileiro no início da crise internacional, em 2008, e a harmonia entre o País e as nações vizinhas: "Desde então, a crise não parou de se agravar, mas surgiram também coisas positivas. Na América Latina foram construídas respostas progressistas e democráticas ao desequilíbrio internacional. Na maioria dos países estão em curso importantes transformações econômicas, sociais e políticas".
Interrompida várias vezes por aplausos do público, a presidente destacou a pujança das economias da região. "Nossos países crescem, enquanto outras partes do mundo vivem a estagnação, recessão, e muitas vezes grande desemprego. Nossos países reduzem a pobreza e a desigualdade social", disse. A presidente falou sobre a disposição do Brasil aprofundar as relações com o continente africano e o mundo árabe, especialmente a Palestina. Além do prefeito José Fortunati, participaram do debate o ex-embaixador da Bolívia na ONU Pablo Solon e Carmen Foro, da CUT/Cotag.