Cerca de 50 pessoas já foram presas em investigações da Derf na Capital



O cidadão cuiabano já sente o efeito da reativação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), unidade da Polícia Judiciária Civil responsável pelas investigações de crimes contra o patrimônio ocorridos na Capital. Em dois meses de funcionamento no antigo prédio do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), do Verdão, os policiais da Especializada efetuaram a prisão de aproximadamente 50 pessoas, sendo 12 em cumprimento de mandado de prisão requeridos pelos delegados da unidade.

No período, a Derf instaurou 260 inquéritos policiais, sendo 221 oriundos de autos de prisão em flagrantes, já concluídos pela unidade, recebidos do plantão metropolitano. Em investigações conduzidas especificamente pela Delegacia, foram lavrados cerca de 20 autos de prisão em flagrante, resultando em 36 prisões.

Nessa quarta-feira (26.01), dois casos de furtos, dos muitos recepcionados pela unidade, foram esclarecidos pela equipe da delegada Elaine Fernandes. Três pessoas foram autuadas em flagrante por receptação nas investigações. Um deles é o estudante de Direito, Bruno de Arruda Freitas, 25, que se apresentou aos policiais como advogado. Ele foi encontrado no bairro Lixeira, com uma câmara fotográfica profissional, aferidor de pressão e um aparelho de exame de audição. A prisão teve apoio de policiais da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP).

Já os irmãos Rosival da Silva Almeida, 21, conhecido por “Tampinha”, e Rilclle Silvestre de Almeida, 23, foram presos com duas caixas de som amplificadas grandes, furtadas de um kartrodomo de Cuiabá em dezembro passado. Os irmãos foram presos no bairro Praeiro, em Cuiabá.

A delegada Elaine Fernandes informou que Rosival é considerado de alta periculosidade e bastante conhecido na região do Praeirinho. Ele tem passagem por porte ilegal de arma de fogo e condenação por roubo.

O delegado Roberto Amorim disse que a missão da Derf é trazer os números de roubos e furtos para um patamar aceitável e para isso está trabalhando em conjunto com outras unidades da Polícia Civil, como as Delegacias de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Adolescentes (DEA), e Entorpecentes (DRE).

“No trabalho repressivo, com a criação do banco de dados e núcleo de inteligência, poderemos coletar melhores provas e evidentemente com a prisão dessas pessoas, os índices poderão chegar a níveis aceitáveis”, disse o delegado Roberto Amorim.

Isso, conforme as estatísticas, já começa acontecer. Em dezembro do ano passado os números de roubos caíram na Capital em relação ao mês anterior, de 444 para 390, e os furtos de 1.116 registros para 1.009. “Quando se faz uma investigação mais contundente, no foco, você consegue identificar o pessoal e reduzir alguns índices”, completa Roberto Amorim.

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