Ninguém estará seguro até que todos estejam, diz chefe da ONU à União Europeia

por ONU Brasil
Está em andamento uma série de pesquisas para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus. Foto: Unplash
Está em andamento uma série de pesquisas para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus. Foto: Unplash
O "esforço de saúde pública mais maciço da história" é necessário para superar a pandemia da COVID-19, disse o chefe da ONU nesta segunda-feira (4), em conferência da União Europeia em Bruxelas.
Com uma mensagem pessoal de palavras fortes, o secretário-geral da ONU, António Guterres, recebeu as contribuições dos países doadores para um fundo de mais de 8 bilhões de dólares, cujo objetivo é acelerar a produção de diagnósticos, terapias e vacinas.
No entanto, ele declarou que serão necessárias cinco vezes essa quantia para colocar todos no caminho para um mundo livre da doença.
Até o momento, a COVID-19 "se espalhou por todos os cantos do mundo, infectando mais de 3 milhões de pessoas e matando mais de 220 mil", disse Guterres.
As declarações são feitas após alerta recente sobre a falta de solidariedade em relação aos países em desenvolvimento - tanto para equipá-los na resposta à pandemia, que corre o risco de se espalhar como fogo - quanto para enfrentar seus dramáticos impactos econômicos e sociais.
O pior ainda está por vir, alertou, pois o vírus provavelmente atingirá muitos países com sistemas de saúde mal equipados.
"Em um mundo interconectado, nenhum de nós estará seguro até que todos estejam", insistiu o secretário-geral da ONU.

Colaboração entre ONU e países-membros

O chefe da ONU apontou o lançamento no mês passado do esforço histórico iniciado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por vários países para acelerar os avanços científicos necessários para controlar o coronavírus, conhecido como ACT Accelerator.
“Essas novas ferramentas podem nos ajudar a controlar totalmente a pandemia e devem ser tratadas como bens públicos globais disponíveis e acessíveis a todos. Esse é o único caminho para um mundo livre de COVID-19.”
Além da Comissão Europeia, que organizou o evento de segunda-feira em nome da UE, os países envolvidos no esforço geral incluem África do Sul, Ruanda, Malásia, Arábia Saudita, Finlândia e Costa Rica. Até o momento, nenhuma das duas maiores economias, Estados Unidos ou China, aderiu ao ACT Accelerator.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Fundhacre realiza rodas de conversa sobre segurança do paciente

Estado investe mais de R$ 8 milhões na aquisição de veículos, materiais e equipamentos para a segurança