Diretores de escolas relatam práticas inspiradas em curso da ESPM
Foto: Manoelle Duarte / SMED / PMPA
Qualificação também terá módulos de gestão financeira e comunicação
Para marcar o encerramento da primeira parte do curso de extensão em gestão escolar da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), composta pelos módulos de Gestão de Projetos e de Gestão e Mobilização de Pessoas, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) promoveu nesta quinta-feira, 27,o Fórum de Boas Práticas. Aberto a todas as equipes diretivas da rede municipal de ensino, o evento contou com a apresentação de relatos de gestores sobre suas práticas inspiradas no curso, oferecido gratuitamente pela Smed em parceria com o Instituto Jama e a ESPM. A qualificação segue em outubro, a pedido dos participantes, com módulos voltados à gestão financeira e comunicação.
Após as boas-vindas ao grupo feita pelo secretário Adriano Naves de Brito, que ressaltou o movimento da Smed para fortalecer a liderança dos diretores de escola e sua importância como gestores no resultado final da educação, o primeiro relato foi do diretor da Escola Municipal de Ensino Especial Fundamental Elyseu Paglioli. Marco Aurélio Ferraz. Ele contou ao grupo como envolveu professores, alunos, familiares e comunidade do bairro Cristal no projeto comemorativo ao aniversário de 30 anos da escola.
Com base nos conteúdos aprendidos nos módulos do curso, o diretor organizou a exposição “Abrindo as gavetas da memória”, que reuniu documentos, fotos, reportagens, depoimentos e materiais que resgataram o histórico da instituição e foram colocados em gavetas decoradas pelos pais dos alunos. “Não nasci gestor, mas sim professor. No entanto, tive que aprender e quero com muito orgulho me desenvolver ainda mais como gestor”, afirmou.
Também referente à área de gestão de pessoas, a diretora da Escola Municipal de Educação Infantil Vale Verde, Ana Carolina Souza, demonstrou a estratégia criada para barrar o desgaste causado por fofocas e mal-entendidos que influenciam nas relações de trabalho, dificultando o diálogo e a resolução de problemas de forma profissional. “Refletir nas minhas atitudes, no tipo de gestor que estou sendo, como nos ensinaram os professores da ESPM, me trouxe mais clareza”. A estratégia de Ana envolveu uma dinâmica com os servidores da escola voltada para “o ambiente de trabalho que eu quero”, colocando todos os participantes como protagonistas do ambiente almejado. “O sucesso da escola se faz com parceria e respeitando a individualidade de cada um, além de que não podemos nos reduzir a apenas queixas, um gestor tem de ser proativo e não reativo”.
Já a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Mariano Beck, Angelina Conceição Rosa, iniciou seu testemunho revelando que estava decidida a não mais concorrer a cargo diretivo na escola, mas que o curso a fez mudar de ideia. “Estava sufocada pelos problemas. Mas, no primeiro dia da aula de gestão de projetos, aprendi que tudo o que um gestor tem é problemas e, se quero ser gestora, preciso é enfrentá-los e resolvê-los.” Angelina contou que aplicou os conteúdos na preparação das festas junina e farroupilha da escola, exercitando a descentralização de tarefas, a divisão de responsabilidades e mais rigor em prazos e cronogramas. “Me senti acolhida. O curso me motivou a seguir em frente”.
Por fim, foi a vez do diretor da Escola Municipal de Ensino Fundamental Gabriel Obino, Airton de Oliveira Garcia, que abriu seu relato salientando a relevância do curso para as demais áreas da vida. Ele falou sobre a prática “Administrando conflitos na escola”, que envolveu o desafio de gerir um grupo de professores divididos pela greve dos municipários, recentemente, e de mitigar o vandalismo nos banheiros recém-reformados na escola. “Uma situação que aprendi é de que temos de ter a liderança situacional, ou seja, sou o gestor, tenho de me posicionar no momento do problema, pois a minha unidade tem que funcionar”, declarou, recomendando a todos que a melhor maneira de evitar a depredação é o conserto imediato dos ítens danificados, para que o vandalismo se perpetue o menos possível.
A diretora pedagógica da Smed, Maria Claudia Bombassaro Callegari, que frequentou todas as aulas, elencou e debateu com o grupo o rol das mais diferentes responsabilidades de um gestor escolar, que ultrapassam o fazer pedagógico, desde as finanças até o cuidado com a comunidade do território da escola. “A Smed não faz educação senão por meio dos diretores e por isso investimos na sua capacitação e instrumentalização para a gestão”.
Na primeira etapa, os 56 diretores foram divididos em duas turmas, uma para cada módulo, cada um com 12 horas e encontros semanais de três horas durante os meses de julho e agosto. As inscrições para os próximos módulos, nas mesmas carcterísticas, começam nesta sexta-feira, 27.
/educacao
Texto de: Cristina Lac
Edição de: Gilmar Martins
Edição de: Gilmar Martins
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