Conselho Empresarial da América Latina se envolve com os cuidados com a Primeira Infância

No início de fevereiro foi realizada a segunda reunião entre membros da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV) e do Conselho Empresarial da América Latina (CEAL). Além da continuidade do debate sobre a Primeira Infância e de como o Ceal e seus associados podem investir ou atuar nessa área, o encontro abriu a possibilidade de se efetivar convênios com o Serviço Social da Indústria (SESI) e com a Prefeitura de Ribeirão Preto, no interior paulista.

A gerente de programas da FMCSV, Ely Harasawa, ressaltou que esse grupo reúne representantes de grandes empresas e de federações, como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e o Conselho Nacional das Indústrias (CNI).

“Há algum tempo havíamos recebido os diretores do CEAL para conhecer nosso trabalho. Eles gostaram tanto que
resolveram apresentar para outros membros do conselho. Para nós é ótimo, porque uma de nossas funções é buscar promover o aumento do investimento na Primeira Infância”, afirma. Para isso, o diretor-presidente da FMCSV, Eduardo Queiroz, fez uma apresentação institucional, seguida de dois vídeos explicativos sobre a importância da Primeira Infância: Super-Cérebro e Conceito Fundamental da Primeira Infância.
O objetivo era mostrar a um novo público porque investir na Primeira Infância é fundamental para o bem-estar de uma comunidade a longo prazo. Com esse foco, os membros do CEAL foram apresentados a dados como:
  • Até os 6 anos, são formadas 90% das sinapses cerebrais (“Relatório SIB”, UNICEF, 2006);
  • Até os 4 anos, a criança já alcançou mais da metade do potencial mental que terá quando adulto (“Boosting Poor Children’s Chances: Early Development Services for PoorChildren”. Banco Mundial, 1999);
  • Nos primeiros anos de vida, a criança estabelece cerca de 700 novas conexões neurais por segundo (“Five Numbers to Remember about Early Childhood Development”. Center on the Developing Child at Harvard University*);
  • Crianças bem cuidadas na Primeira Infância tendem a ter salários, em média, 36% maiores aos 40 anos de idade (“Estudo Perry Preschool”, 1993);
  • O grau de aprendizagem de uma criança chega a ser três vezes maior quando acompanhada por algum programa durante a Primeira Infância (“Estudo Perry Preschool”, 1993);
  • Para cada US$ 1 investido em programas relacionados à Primeira Infância, o retorno estimado é de US$ 4 a US$ 9 (“Five Numbers to Remember about Early Childhood Development”. Center on the Developing Child at Harvard University*).
Ely acredita que, quanto maior o número de parceiros sensibilizados pela causa da Primeira Infância, maior será o impacto das ações. “Para nós foi muito importante ver esses empresários interessados em realizar ações conjuntas conosco”, diz. Um exemplo foi o convite feito a Alexandre Silva, vice-presidente do Conselho de Curadores da FMCSV, para integrar o comitê de educação do CEAL.
Mas não foi só. Do encontro também resultou a decisão de que o comitê executivo do CEAL, em parceria com a FMCSV, definirá ações conjuntas a serem realizadas pelas duas entidades a partir de agora.
“Além disso, esses empresários tiveram a percepção de que suas empresas estão baseadas em municípios, que são os responsáveis pela implementação de políticas públicas para a Primeira Infância, e de que eles podem contribuir para a melhoria das políticas locais, que atingem diretamente o entorno de suas unidades”, explica Ely.
A gerente de programas revela que o encontro realizado em fevereiro foi o último com o objetivo de fazer apresentações. “Agora é pensar na possibilidade de ações conjuntas. Em breve deveremos anunciar iniciativas concretas surgidas a partir desses contatos”, diz.
(*) para conhecer informações complementares, acesse: http://developingchild.harvard.edu/resources/multimedia/interactive_features/five-numbers/

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