Gladson Cameli avalia continuidade da parceria entre governo e Peixes da Amazônia
Membros do Conselho de Administração do Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia S.A se reuniram nesta sexta-feira, 8, com o governador Gladson Cameli para tratar do plano de recuperação fiscal, que deve ser apresentado pelos acionistas nos próximos dias, na tentativa de livrar a empresa da decretação de falência.
A Peixes S.A executa um modelo de gestão baseado na parceria público-privada e comunitária. Os acionistas afirmam que esse modelo precisa ser mudado e defendem uma administração única, sem interferência estatal.
“Os empresários fizeram um investimento pesado no complexo industrial. No total foram 82 milhões em investimentos e, desse valor, um terço foi bancado pelos sócios. A Peixes da Amazônia precisa andar sozinha, sem a interferência direta do Estado. Nossa meta é produzir, vender e gerar emprego”, disse Beto Moretto, presidente do Conselho de Administração da Peixes da Amazônia S.A.
O Complexo tem capacidade para processar 70 toneladas de pescado por dia e produzir 10 toneladas de ração por hora. Segundo o diretor de Operações da Peixes S.A, Inácio Moreira, o estado necessita desse modelo de planta industrial, pois o mercado consumidor interno e externo já aprovaram o produto.
“A empresa integra o modelo de desenvolvimento econômico baseado no agronegócio. Utilizamos milho, soja e ainda absorvemos a demanda dos criadores. O governador Gladson Cameli se colocou a disposição e demonstrou interesse em contribuir com essa cadeia produtiva”, afirmou.
Localizado em uma área estratégica, o Acre é rota obrigatória para quem pretende estreitar relações com os mercados andino e asiático. Segundo o governador, a meta precisa ser voltar a produzir, atender as demandas já existentes e buscar outros mercados.
O pedido do governador foi para que os empresários e acionistas apresentem um plano dentro do prazo dado pela justiça para recuperação fiscal da empresa, pois o Estado não entende que a concordata ou falência seja a melhor saída para o problema apresentado.
“Nós precisamos fazer com que a Peixes da Amazônia gere emprego e renda. Pedi que os empresários nos apresentem um plano executável e viável economicamente. A decisão de que o governo recue e saia da parceria firmada anteriormente só será tomada depois que tudo for analisado pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e que seja constatada a legalidade do processo”, disse o governador.
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