Ministério das Relações Exteriores
Nota nº 157
18 de maio de 2018
Comunicado do Grupo de Lima
Tradução não-oficial
Diante das recentes declarações do presidente da Venezuela, nas quais assinalou que em seu país não há crise migratória, os governos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia manifestam que:
A deterioração da situação econômica, social e humanitária na Venezuela tem provocado, nos últimos dois anos, um aumento massivo da migração venezuelana, impactando especialmente os países da região.
Ainda que a maioria dos migrantes venezuelanos se dirijam inicialmente aos países vizinhos, verificou-se também um aumento importante na migração de trânsito nesses países para chegar a outros destinos.
Os números oficiais mostram que, entre 2017 e 2018, migraram para a Argentina aproximadamente 82 mil venezuelanos; para o Brasil, aproximadamente 50 mil; para a Colômbia, 800 mil; para o Chile, mais de 160 mil; para a Guatemala, 15.650; para o México, 65.784; para o Panamá, 65.415; para o Paraguai, 2.893; e para o Peru, 298.559.
Esses números são consistentes com as estimativas realizadas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), que assinalam, respectivamente, que entre 1,5 milhão e 1,6 milhão de venezuelanos teriam abandonado seu país até o fim de 2017.
Isso tem gerado uma série de desafios para os países receptores, em diferentes âmbitos, como o humanitário e sanitário, incluindo a desnutrição e o reaparecimento de doenças que já haviam sido erradicadas ou controladas. Do mesmo modo, a capacidade para prestar serviços básicos, como o acesso à educação e a proteção de crianças e adolescentes, entre outros, enfrenta sérios desafios.
Diante disso, os países do Grupo de Lima reiteramos nossa vontade e compromisso de prestar assistência e proteção aos venezuelanos, assim como apoio àqueles que permanecem naquele país, razão pela qual reiteramos energicamente a solicitação para que se estabeleçam mecanismos de acesso à ajuda humanitária, para atender a essa delicada situação.
Da mesma forma, fazemos um apelo à Venezuela para que estabeleça, com urgência, um sistema de intercâmbio de informações epidemiológicas com os países vizinhos, a fim de coordenar esforços para a contenção de doenças, sobretudo nas zonas de fronteira.
Comunicado del Grupo de Lima
Frente a las recientes declaraciones del Presidente de Venezuela, en las que señaló que en su país no hay crisis migratoria, los Gobiernos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colombia, Costa Rica, Guatemala, Guyana, Honduras, México, Panamá, Paraguay, Perú y Santa Lucía, manifiestan que:
El deterioro de la situación económica, social y humanitaria en Venezuela ha provocado en los últimos dos años un incremento masivo de la migración venezolana, impactando especialmente a los países de la región.
Aunque la mayoría de los migrantes venezolanos se dirigen inicialmente hacia los países vecinos, se ha visto también un incremento importante en la migración de tránsito en estos países para llegar a otros destinos.
Las cifras oficiales arrojan que entre 2017 y 2018 migraron aproximadamente a Argentina 82,000 venezolanos; a Brasil aproximadamente 50,000; a Colombia 800 mil venezolanos; a Chile más de 160,000; a Guatemala 15,650; a México 65,784; a Panamá 65,415; a Paraguay 2,893; y al Perú 298,559.
Estas cifras son consistentes con las estimaciones realizadas por el Alto Comisionado de Naciones Unidas para los Refugiados (ACNUR) y la Organización Internacional para las Migraciones (OIM), las cuales señalan, respectivamente, que entre 1,500,000 y 1,600,000 venezolanos habían abandonado su país para finales de 2017.
Esto ha generado una serie de retos para los países receptores en diferentes ámbitos como el humanitario y el de salud, incluyendo la desnutrición y la reaparición de enfermedades que se encontraban ya erradicadas o bajo control. Asimismo, las capacidades para brindar servicios básicos como el acceso a la educación y protección de la niñez, entre otros, enfrentan serios desafíos.
Por todo lo anterior, los países del Grupo de Lima reiteramos nuestra voluntad y compromiso para brindar asistencia y protección a los venezolanos, así como apoyo a quienes permanecen en ese país, por lo que reiteramos enérgicamente la solicitud para establecer mecanismos para el acceso de ayuda humanitaria para atender esta sensible situación.
Asimismo, hacemos un llamado a Venezuela para que establezca con urgencia un sistema para el intercambio de informaciones epidemiológicas con los países vecinos, para coordinar esfuerzos en la contención de enfermedades, sobre todo en las zonas de frontera.
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