Farol do Saber e Inovação no Desafio Aprendizagem Criativa



O projeto Faróis do Saber e Inovação, lançado em outubro passado pelo prefeito Rafael Greca, está entre os selecionados do Desafio Aprendizagem Criativa 2018, promovido pela Fundação Lemann e o MIT Media Lab. O projeto da Prefeitura de Curitiba disputou com 213 experiências de todo o país, ficou entre os 30 finalistas e foi um dos oito projetos selecionados – único na região sul - para integrar o programa de apoio técnico educacional oferecido pela instituição.
O Desafio Aprendizagem Criativa identifica e impulsiona soluções inovadoras e capazes de tornar a educação brasileira mais dinâmica, lúdica e colaborativa. A seleção no desafio, segundo o prefeito Rafael Greca, reconhece e valoriza a transformação pela qual os Faróis do Saber estão passando, com o objetivo de voltarem a ser espaços de referência em cultura e inovação na cidade.
Na década de 90, quando criados, durante a primeira gestão de Greca como prefeito, os Faróis levaram as bibliotecas públicas para os bairros, descentralizando os acervos literários e colaborando para democratizar o acesso à internet. Os Faróis funcionaram como as primeiras lanhouses públicas do país.
“Nestes espaços, os estudantes já tinham acesso à cultura e agora têm também à inovação, com impressora em 3D e espaço para criação de protótipos”, disse Greca.
O prefeito esteve no Farol do Saber Manuel Bandeira, anexo à Escola Municipal Herley Mehl, no Pilarzinho, para parabenizar a equipe da Secretaria Municipal da Educação responsável pelo desenvolvimento do projeto e acompanhar os preparativos para a inauguração da unidade, que será nesta terça-feira (6/3), às 15h. “Curitiba entra na era da cultura da inovação, porque ela só vale se for para todo mundo, se for um processo social. Isso é o que acontece nestes espaços”, ressaltou Greca.
Seleção
Os projetos selecionados foram anunciados pelas instituições organizadoras do desafio na última sexta-feira (2/3). A iniciativa curitibana será representada pela professora da rede municipal de ensino e técnica pedagógica da Coordenadoria de Tecnologias Digitais e Inovação, Thais Eastwood Vaine.
Ao longo de 2018, Thaís e as representantes de outros sete projetos selecionados participarão de eventos de inovação na educação no Brasil e no exterior. O grupo receberá apoio constante para desenvolver iniciativas e intervir como multiplicador da aprendizagem criativa. Thais atuará em rede com os demais representantes e será uma referência para o incentivo das práticas em toda a região sul.
Evolução
Os Faróis do Saber e Inovação são uma evolução dos Faróis do Saber. O primeiro a funcionar no novo modelo foi o Farol Herbert José de Souza, junto à Escola Municipal Marumbi, no bairro Uberaba. O segundo a entrar em funcionamento será o Farol do Saber Manuel Bandeira e até o fim do ano, outros oito serão implantados, um em cada regional.
Os Faróis do Saber e Inovação diferem dos originais por terem uma parte das instalações transformadas em um makerspace, um laboratório para a livre criação dos meninos e meninas, a partir das práticas pedagógicas que estimulam à pesquisa de uma forma divertida. Nestes espaços são realizadas oficinas de ideias e polos de disseminação da cultura maker, valorizando a criação, colaboração, o pensamento crítico e a autonomia dos participantes.
Nos Faróis de Inovação, crianças e jovens podem realizar atividades nas áreas de comunicação e mídias, tecnologia e impressão 3D, ciências e matemática. De acordo com a secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila, os Faróis do Saber agora têm novas vocações. Uma delas é a inovação, com os espaços makers, no qual as crianças tem a oportunidade de trabalhar com uma metodologia para que os estudantes possam, a partir dos problemas do cotidiano, da sua escola, do entorno, encontrar soluções.
“Estamos formando uma geração de estudantes pesquisadores de suas realidades, do seu entorno. Ter o projeto selecionado por instituições, que são referências mundiais em tecnologia e inovação, é uma forma de responder à cidade e ao país sobre a metodologia pedagógica que está sendo aplicada na rede municipal de ensino de Curitiba”, diz Maria Sílvia. 
Para os estudantes, o projeto nem precisaria ter sido destaque em um desafio nacional para ser aprovado. “Estamos aprendendo tantas coisas bacanas e diferentes que abriu a minha mente e agora eu já sei o que eu quero para o meu futuro”, diz o estudante do 8º ano da Escola Municipal Herley Mehl, João Oliveira Negro, de 13 anos.
A colega de turma, Victória Orlandini de Araújo, 13 anos, tem a mesma opinião. “Aprendemos de uma forma tão divertida que dá vontade de querer ir além e saber sempre mais”, disse a estudante.


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