Central de movimentos populares realiza ato contra criminalização ao direito a moradia






No dia 18 de Agosto famílias oriundas da comunidade Vila Gegê cadastradas pelo habitafor, cansadas de exigir providências para a falta de moradia, ocuparam alguns apartamentos do conjunto D. Helder Câmara na av. Francisco Sá. Este conjunto é uma obra do Estado, e administrado conjuntamente com a prefeitura. No dia da ocupação houve uma tentativa de expulsar uma das famílias através de forte esquema de repressão do estado e município. O conjunto foi invadido por forte esquema policial, integrado pelo ronda do quarteirão, policia militar e guarda municipal. Todos para tentar retirar uma mulher com cinco filhos menores. A CMP/Ceará, através do Movimento Sem Casa e da Casa Chiquinha Gonzaga participou da resistência que teve apoio da comunidade. Assim, garantindo a permanência da família no local, mesmo com agressões físicas e ameaças de prisões contra populares e dirigentes da CMP, naquele momento venceu a resistência popular.











No entanto, as perseguições continuaram. Inicialmente, com intimação na delegacia do bairro, agora as famílias ocupantes foram intimadas pelo Ministério Público para depor no dia 11 de setembro. Os depoimentos resultaram em muita pressão e ameaças. Esta prática foi muito utilizada pela ditadura que não admitia as lutas sociais como uma resposta á falta de políticas públicas, e perseguia mobilizações para criminalizar pessoas e organizações tentando impedir o avanço das lutas.











Defendemos para combater essa truculência do estado burguês a unidade das organizações populares que lutam por moradia. No sentido de por um fim nessa política estatal que transforma conflitos sociais em caso de polícia, repetindo a velha e carcomida versão dos anos da repressão no Brasil.











Nesse sentido, a Central de Movimentos Populares - CMP Convida o conjunto das entidades a participar de um ato de solidariedade aos criminalizados e criminalizadas pelo Ministério Público para demonstrar força e unidade contra todas as formas de perseguição contra pessoas pobres e movimentos populares que lutam por dignidade.











A atividade é 18 de Setembro, às 9h na Rua Almeida Filho, 636, bairro, monte castelo, sede local da Promotoria de Justiça do Ministério Público. Data marcada para novos depoimentos, isso significa continuar a sessão de torturas psicológicas contra na sua maioria mulheres que cometeram o “crime” de lutar pelo direito de morar.

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