Serviço de fonoaudiologia da Fundhacre é remanejado para o Centro Especializado em Reabilitação

 Ouvir os chamados e responder a eles faz parte dos cinco sentidos dos seres humanos. A audição é capaz de situar os indivíduos no ambiente em que estão inseridos e alertá-los sobre os perigos no espaço. Na saúde, os fonoaudiólogos são os profissionais capacitados para avaliar, diagnosticar, recuperar e acompanhar as causas de perda auditiva.

Atendimento na Fundhacre com a fonoaudióloga Mirna Dourado. Foto: Danna Anute

No Acre, anteriormente as consultas com especialistas do aparelho sensorial (ouvidos) ficavam por conta da Fundação Hospital Estadual (Fundhacre), em Rio Branco, e os fonoaudiólogos da instituição se revezavam nos atendimentos.

Desde o início do mês, os atendimentos de diagnóstico, avaliação e tratamento em fonoaudiologia que funcionavam na Fundhacre foram suspensos para serem realocados ao Centro Especializado em Reabilitação Auditiva, Visual e Intelectual (CER III).

Teste da orelha. Foto: Danna Anute

“A ação deve proporcionar um enxugamento no fluxo de atendimentos da Fundação, que aproveitará o espaço usado anteriormente pelas profissionais para reorganizar outras especialidades na ambulatório médico”, explica a assessora técnica da presidência da Fundhacre, Kariny Gonçalves.

Reconhecer os sons ao redor é algo simples, no entanto, isso não é dessa maneira para todas as pessoas, sobretudo aquelas que já nasceram com algum comprometimento auditivo. Assim, há fatores que são mais comuns aos danos e perdas auditivas, como infecções, perfurações do tímpano, uso estendido do volume alto de fone e o envelhecimento natural também são situações associadas aos problemas na captação dos sons.

A audiometria é um exame que avalia a capacidade da pessoa para ouvir e decifrar sons. Foto: Danna Anute

Os principais serviços disponibilizados pela Fundação Hospitalar

Mirna Dourado atua na Fonoaudiologia da Fundhacre, na subespecialidade de Audiologia há mais de 20 anos. A profissional realiza a audiometria e as emissões otoacústicas evocadas, isto é, o teste da orelhinha. “O serviço de fonoaudiologia é divido em três áreas, audiologia, terapia e reabilitação vestibular, isto é, o tratamento de pacientes com labirintite, e entre esses há também a parte de fonoaudiologia hospitalar, principalmente nas enfermarias. Os pacientes da fonoaudiologia geralmente são encaminhados por neuropediatras, otorrinolaringologistas e pediatras”, relata.

Maria do Socorro Almeida e sua filha Ayla. Foto: Danna Anute

Maria do Socorro Almeida foi atendida pela fonoaudióloga na Fundhacre em julho para consultar a filha recém-nascida, Ayla Almeida, que passou pelo teste da orelhinha.

O teste da orelhinha, ou exame de emissões otoacústicas evocadas, é realizado para identificar falhas na audição do recém- nascido. Foto: Danna Anute

“A Fundhacre continua atendendo e reabilitando os pacientes que precisam do serviço, todos os fonoaudiólogos contribuem para a melhora na qualidade de vida da população, seguindo assim os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde [SUS], que preconiza uma rede de cuidados”, diz o presidente da unidade hospitalar, João Paulo Silva.

Atualmente, o teste da orelhinha é realizado nas maternidades de Rio Branco, e o reteste do exame nos recém-nascidos é feito no CER.

O atendimento no CER

De acordo com a gerente-geral do CER III, Ana Luiza Vasconcelos, de novembro de 2020 a junho deste ano, os atendimentos em fonoaudiologia somaram 8.043, e, nesse mesmo período, a respeito da entrega de aparelho auditivo, o governo disponibilizou 1.546 equipamentos, contribuindo para a melhora da qualidade de vida de crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Os pacientes da Fonoaudiologia passam por avaliações. “Desde fevereiro atendo na unidade, e os principais serviços são Audiometria, Imitranciometria e Emissões Autoacústicas. Além disso, há também a adaptação de aparelho auditivo, sendo que a primeira é feita na cabine acústica de audiometria, para verificar o limiar do paciente, em qual intensidade ele consegue escutar o som”, conta a fonoaudióloga Iara Martins Gurgel, do CER.

Atendimento realizado no CER. Foto: Danna Anute

Francisca Andrade é avó de Liliane Maciel e ficou bastante emocionada no momento em que a neta escutou pela primeira vez, graças ao aparelho auditivo, em julho. A menina de 4 anos poderá reescrever sua história.

A menina Liliane Maciel durante consulta fonoaudiológica. Foto: Danna Anute

O serviço ofertado pela fonoaudiologia auxilia na promoção da cidadania, pois a comunicação estabelecida pela linguagem, seja por meio dos sons, escrita, fala ou leitura institui o que a Constituição Federal prevê em norma, que a saúde como um direito social básico, e nisso está incluso a saúde auditiva. Posto isso, o governo do Estado tem cumprido com esse dever individual e coletivo que já contemplou muitos acreanos.

Além de profissionais, espaços adequados, materiais, insumos e aparelhos para os pacientes e usuários do SUS. A melhoria na audição e na linguagem oral e escrita perpassa pela observação detalhada do fonoaudiólogo, cuja avaliação permite que a pessoa com dificuldade na audição possa viver melhor e realizar as atividades diárias de maneira satisfatória.

o aparelho auditivo é essencial para a melhora na qualidade de vida. Foto: Danna Anute

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