O Homem Camisinha, personagem criado pelo Ministério da Saúde para as ações deste ano, anima as festas de rua do Rio de Janeiro
O Carnaval de rua carioca terá este ano a participação do Homem Camisinha, personagem criado pelo Ministério da Saúde para a campanha de prevenção ao HIV, aids e doenças sexualmente transmissíveis. O personagem estará nesta sexta-feira (05) na Festa Carnauol; no sábado (06) nos Blocos Cordão do Bola Preta e Banda de Ipanema; no domingo (07) no Bloco Bengala Fumenga; na segunda (08) no Bloco Sargento Pimenta e no Sambódromo da Marquês da Sapucaí durante o desfile das escolas de samba do Grupo Especial. A ação integra a campanha de prevenção com foco no carnaval, cujo slogan é “Deixe a camisinha entrar na festa”. Nessas ações, além de material de prevenção serão distribuídas 1,04 milhão de camisinhas.
O objetivo da campanha do Ministério da Saúde para a folia de 2016 é reforçar a importância do preservativo como instrumento de evitar a contaminação, por via sexual, pelo vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. O Homem Camisinha, um ator devidamente caracterizado, vai circular entre escolas de samba, blocos e trios elétricos de Recife, Olinda, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Ouro Preto. Ao lado disso, o Ministério da Saúde prevê distribuir, em todo o país, 5 milhões de preservativos durante a festa, inclusive na forma de dispensers instalados em bares selecionados. A campanha também estará presente em transportes coletivos, TV, rádio e redes sociais.
Os dados mais atualizados do Ministério da Saúde referentes ao enfrentamento às DSTs e Aids no Brasil apontam que, em 2015, o Brasil bateu recorde de pessoas em tratamento com antirretrovirais: 81 mil brasileiros começaram a se tratar no ano passado, um aumento de 13% em relação a 2014, quando 72 mil pessoas aderiram aos medicamentos. O país alcançou a marca de 91% das pessoas em tratamento apresentando carga viral indetectável no organismo.  
OS NÚMEROS NO ESTADO - Em 2015, até 30 de outubro, 60.719 pacientes estavam em tratamento com medicamentos antirretrovirais no estado do Rio de Janeiro, um percentual que já era 76% superior ao total de cariocas atendidos no ano de 2010 (34.474).
Os casos registrados de Aids no estado foram 4.793 em 2014. Isso representa uma taxa de detecção (casos para cada grupo de 100 mil habitantes) de 29,1 em 2014. Em relação à mortalidade, foram registrados 1.821 óbitos no estado em 2014, com coeficiente de mortalidade de 9,5 casos de óbitos a cada 100 mil habitantes.
Em 2015 foram distribuídos pelo Ministério da Saúde 519,5 mil testes rápidos de HIV para todo o estado, que também recebeu 39,3 milhões de preservativos masculinos e 275 mil femininos. Desse total, 20,1 milhões de preservativos masculinos e 255 mil femininos foram destinados apenas para a capital.
TESTAGEM E TRATAMENTO - A campanha de Carnaval deste ano reforça o preservativo como a mais importante arma de combate ao HIV e aids, trabalhando a mensagem de prevenção nas ações pré-carnaval e durante as festas. Entre as peças estão filme, jingle para veiculação em rádios e versão estendida da música para os trios elétricos e carros de som. Foram investidos cerca de R$ 14 milhões na iniciativa.
O diferencial da campanha deste ano é que, a partir da Quarta-Feira de Cinzas, serão distribuídos folhetos nos postos de saúde e outdoors sobre a profilaxia pós-exposição (PEP). Dessa forma, no período pós-Carnaval, o Ministério continuará incentivando a testagem e o tratamento para os casos de sorologia positiva, completando assim, o tripé da prevenção.
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO - A profilaxia pós-exposição (PEP) é um procedimento que evita a proliferação do vírus HIV caso o medicamento seja tomado em até 72 horas após a exposição ao vírus, como nos casos de sexo desprotegido. O ideal, de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, é que seu uso seja feito nas primeiras duas horas após a exposição ao risco. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos quatro medicamentos antirretrovirais previstos no novo protocolo (tenofovir + lamivudina + atazanavir + ritonavir).
Durante todo o ano de 2015, foram ofertados 42,3 mil tratamentos para Profilaxia Pós Exposição (PEP) em todo o país, um crescimento de 48,7% em relação ao ano de 2014, quando foram dispensados 28,4 mil tratamentos. Os resultados se devem, em grande parte, às ações como o novo Protocolo Clinico de Diretrizes e Tratamento, que simplifica os procedimentos para o uso de medicamentos antirretrovirais após exposição ao vírus do HIV. Publicado em agosto do ano passado, o documento recomenda um esquema único de tratamento a todas as situações.
Além disso, já está no ar, no site do Departamento de DST, Aids e hepatites virais (DDAHV) do Ministério da Saúde, uma nova área sobre Profilaxia Pós-Exposição (PEP) com informações customizadas para o usuário do SUS, profissionais de saúde e gestores estaduais e municipais. O conteúdo inclui a lista das 515 unidades de saúde que ofertam a PEP.
PRESERVATIVOS – Em 2015, o Ministério da Saúde distribuiu 574 milhões de preservativos (552 milhões masculinos e 22 milhões femininos), superando os 443,8 milhões distribuídos em 2014. Desde novembro, o Ministério emitiu comunicado para que os estados se preparassem para o carnaval. Assim, foram encaminhados, apenas nos meses de novembro e dezembro, 123 milhões de camisinhas. Em janeiro deste ano, nova remessa de 31 milhões foi encaminhada.
PANORAMA - O total de brasileiros com acesso ao tratamento com antirretrovirais no país mais do que dobrou entre 2009 e 2015, passando de 231 mil pacientes (2009) para 455 mil (2015). Atualmente, o SUS oferece, gratuitamente, 22 medicamentos para os pacientes soropositivos. Desse total, 11 são produzidos no Brasil. A rede de assistência conta atualmente com 517 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de Assistência Especializada (SAE), além de inúmeras unidades básicas de saúde.
Atualmente a epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,7 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 40 mil casos novos ao ano. Desde o início da epidemia de aids no Brasil – em 1980 –, até junho de 2015, foram registrados no país 798.366 casos de aids.

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