UNAIDS lamenta morte da pesquisadora Gita Ramjee

por ONU Brasil
Gita Ramjee trabalhou com pesquisa de prevenção de HIV para mulheres e morreu em decorrência de complicações da COVID-19 - Foto: UNAIDS
Gita Ramjee trabalhou com pesquisa de prevenção de HIV para mulheres e morreu em decorrência de complicações da COVID-19 - Foto: UNAIDS

O UNAIDS lamentou a morte de Gita Ramjee, considerada uma "imensa perda para a comunidade de pesquisa em prevenção do HIV". Ela faleceu em decorrência de complicações relacionadas à COVID-19 em 31 de março de 2020.
Ramjee foi reconhecida mundialmente pela  pesquisa inovadora no campo das tecnologias de prevenção do HIV para mulheres. Em 1996, liderou um estudo sobre microbicidas vaginais para a prevenção do HIV entre um grupo de profissionais do sexo em Durban, na África do Sul. A pesquisa marcou o começo de seu compromisso com as tecnologias de prevenção do HIV para mulheres, que ela buscou com dedicação e comprometimento por mais de duas décadas.
A pesquisadora foi cientista chefe especialista no Instituto Aurum, onde trabalhou para melhorar a saúde das pessoas e comunidades através da prevenção, pesquisa e inovação do HIV. Anteriormente, ela ocupou os cargos de cientista chefe especialista e diretora da unidade de prevenção ao HIV do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul e professora adjunta no Departamento de Saúde Global da Universidade de Washington. Ela também foi professora honorária do Departamento de Epidemiologia e Saúde da População da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
“Estou profundamente triste com a notícia da morte de Gita Ramjee”, disse Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS. “Ela era uma cientista eminente que dedicou sua vida à prevenção do HIV com foco em mulheres e meninas na África. Sua morte é uma perda enorme, no momento em que o mundo mais precisa dela. Meus pêsames à sua família, amigos e colegas.”
Ramjee recebeu vários prêmios e distinções por suas contribuições científicas. Em 2018, recebeu o Prêmio de Parceria de Ensaios Clínicos da Europa e Países em Desenvolvimento/Prêmio de Melhor Cientista Africana da União Europeia. Ela também co-presidiu as Conferências de Microbicidas em 2006, 2008 e 2010 e em 2012 foi homenageada com o Prêmio Lifetime Achievement da Conferência.
Em nota, o UNAIDS informou que "se esforça para honrar sua memória, continuando a apoiar os esforços globais para encontrar métodos que permitam às mulheres assumir o controle de sua prevenção ao HIV e saúde e direitos reprodutivos através de escolhas informadas".

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