OPAS pede que países protejam trabalhadores da saúde diante do avanço da COVID-19 nas Américas

por ONU Brasil
O suprimento limitado de luvas, máscaras, respiradores, óculos de proteção e aventais pode levar a uma onda de infecções evitáveis entre os profissionais de saúde, disse a diretora da OPAS. Foto: pixabay/OrnaW
O suprimento limitado de luvas, máscaras, respiradores, óculos de proteção e aventais pode levar a uma onda de infecções evitáveis entre os profissionais de saúde, disse a diretora da OPAS. Foto: pixabay/OrnaW

Após advertir que os casos de COVID-19 dobraram em uma semana na região das Américas, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, pediu na terça-feira (7) aos países que adotem medidas que protejam os profissionais de saúde, garantindo que tenham acesso a equipamentos de proteção individual e aos suprimentos necessários para cuidar de pacientes afetados pela doença.
"A escassez de equipamentos de proteção mais básicos deixa médicos, enfermeiras e outros trabalhadores da linha de frente vulneráveis enquanto cuidam de pacientes com COVID-19", afirmou Etienne em entrevista coletiva virtual.
Até 6 de abril, foram notificados 384.435 casos confirmados de COVID-19 e 11.270 mortes pela doença. “Em apenas sete dias, vimos que os casos e mortes mais que duplicaram em nossa região. A pandemia está acelerando rapidamente e peço aos governos que preparem e respondam na mesma velocidade”, disse a diretora da OPAS.
Etienne chamou os países a seguir as diretrizes e recomendações da OPAS, incluindo medidas de distanciamento social para diminuir a carga para os sistemas de saúde. "Todos nós precisamos estar preparados para semanas mais difíceis pela frente", enfatizou.
“Uma pandemia como a da COVID-19 sobrecarregaria qualquer sistema de saúde, mas seu impacto sobre aqueles sem profissionais de saúde suficientes será devastador.”
"O suprimento limitado de luvas, máscaras, respiradores, óculos de proteção e aventais pode levar a uma onda de infecções evitáveis entre os profissionais de saúde", disse a diretora da OPAS.
“Os países devem trabalhar juntos para garantir que as cadeias de suprimentos possam fornecer equipamentos de proteção aos hospitais e centros de saúde que mais precisam. A solidariedade e a coordenação entre os países serão essenciais para garantir que aproveitemos ao máximo os suprimentos limitados disponíveis”, acrescentou.
Etienne ressaltou que este Dia Mundial da Saúde é “um bom momento para reconhecer e celebrar médicos, enfermeiros, obstetrizes e muitas outras pessoas que trabalham para manter nossas comunidades saudáveis. Os profissionais de saúde merecem nosso reconhecimento, nosso louvor e nossa gratidão. Acima de tudo, merecem estar protegidos enquanto realizam seu trabalho”.
“Agora não é hora de acumular e armazenar. É hora de aliviar as restrições à exportação e adotar regulamentos flexíveis que permitam o acesso nos locais mais afetados nas próximas semanas. Os governos e o setor privado também devem buscar soluções inovadoras para aumentar a produção e redirecionar a capacidade industrial para expandir os suprimentos”, complementou a diretora da OPAS.
“Também devemos cuidar de nossos profissionais de saúde por meio de redes de apoio que lhes permitam preservar sua saúde física e mental. Devemos celebrá-los pelos heróis e heroínas que são e protegê-los do estigma. Deveríamos incentivar e admirar profissionais de saúde, não os temer e desrespeitar”, disse Etienne.
Além de desenvolver diretrizes técnicas, a OPAS capacitou equipes nacionais para a reorganização dos serviços de saúde e também aconselhou os países a respeito de estoques de suprimentos médicos e equipamentos de proteção individual (EPIs). Também enviou remessas de EPIs para 35 países e um território, e kits de testes para COVID-19 a para 25 países, entre outras ações.

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