OPAS busca US$95 milhões para ajudar países da América Latina e Caribe a enfrentar pandemiapor ONU Brasil |
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) está chamando doadores para arrecadar 95 milhões de dólares, dinheiro que será utilizado para executar medidas de saúde pública prioritárias para ajudar os países da América Latina e Caribe a enfrentar a pandemia de COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Os recursos serão direcionados à Estratégia de Resposta da OPAS, alinhada à da Organização Mundial de Saúde (OMS), que tem o objetivo de salvar vidas e desacelerar a transmissão do novo coronavírus para mitigar que seu impacto nos serviços e na saúde da população, principalmente nos países que mais precisam de ajuda.
Esses fundos apoiarão a estratégia até setembro de 2020; no entanto, à medida da evolução da pandemia, é possível que a necessidade aumente.
“A propagação da COVID-19 está acelerando e devemos intensificar as ações para freá-la”, afirmou a diretora da OPAS, Carissa F. Etienne. “Este novo vírus demonstrou que pode sobrecarregar os serviços de saúde até nos países mais desenvolvidos”, indico Etienne.
“Precisamos aumentar os investimentos para proteger as pessoas mais vulneráveis, incluindo trabalhadores de saúde, e salvar vidas.”
O Brasil registrou o primeiro caso importado na América Latina e no Caribe em 26 de fevereiro de 2020. Em um mês, o vírus se espalhou para 48 países e territórios no continente.
Em 1º de abril, 51 países e territórios nas Américas haviam registrado 216.912 casos confirmados e 20.750 mortes por COVID-19. Nos últimos 10 dias, os casos confirmados multiplicaram-se por dez. Atualmente, os Estados Unidos são o país com a maioria dos casos no mundo e 86% dos casos nas Américas.
A estratégia da OPAS tem cinco linhas de ação prioritárias: detectar casos da COVID-19 precocemente por meio de sistemas de vigilância existentes; garantir capacidade, testes e reagentes suficientes para um diagnóstico laboratorial oportuno; prevenir e controlar infecções nos serviços de saúde; otimizar a capacidade dos sistemas de saúde locais para manejar casos e prestar assistência com segurança; e disseminar informações para ajudar as pessoas a entenderem os riscos que correm e motivá-las a adotar medidas para proteger a si e a seus entes queridos.
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